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Enviada em: 11/10/2018

No filme “O experimento de Milgam”, um grupo de estudantes olha para cima imitando o comportamento uns dos outros, mesmo que olhar para cima não tivesse sentido algum. Essa ação nos remete à falta de senso crítico ocasionado pela cultura em massa do século XXI, e difundido pelas propagandas e, dentre elas, a infantil é a mais problemática. Na verdade, elas são abusivas, pois tentam persuadir crianças e adolescentes ao consumismo desenfreado que podem ocasionar falhas no seu comportamento em desenvolvimento.       Segundo a teoria da Tábua rasa de John Locke: o ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influências. Por conseguinte se é inegável o “poder” de influências externas na vida de um indivíduo, seus efeitos por meio dos anúncios podem ser ainda mais perigosos para o comportamento de crianças e adolescentes – geralmente – pela rebeldia de alguns adolescentes pela não aquisição do mais novo jogo eletrônico, do celular ou da roupa de marca famosa. Atitudes, essas, que se ignoradas e não lidadas de maneira adequada pela família e pela escola, resultarão em indivíduos problemáticos, visto seu exacerbado egoísmo.       Outrossim, a proibição de anúncios direcionados a eles aprovada pela Conanda – Conselho Nacional de Direitos da Criança e do adolescente – é um grande avanço contra o consumismo infantil, pois este é um público vulnerável a tendências, por conseguinte, é mais fácil atraí-los e fazê-los comprar por impulsos e estímulos externos. Diante disso, é preciso ensinar o pensamento crítico para a “juventude” de hoje a fim de evitar a alienação e também para a construção de sua conduta, afinal, são eles os futuros cidadãos do país.       Portanto, medidas sólidas precisam ser tomadas a fim de combater o excesso de publicidade infantil – em um primeiro momento – e à medida que as empresas se adaptem às mudanças propor sua proibição como um todo, assim como acontece na Irlanda e na Noruega – por exemplo. O MEC, em conjunto com as escolas, deve criar um projeto de conscientização dos estudantes por meio de oficinas realizadas pelos professores em que promova palestras e representações artísticas para o desenvolvimento do consumo consciente pelo resgate da essência de ser criança por meio de brincadeiras à moda antiga e o do prazer da leitura.