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Enviada em: 23/02/2019

Manipulação. Oportunismo. Censura. Liberdade. Mercado. Essas são algumas constantes que permeiam a discussão sobre o aspecto da publicidade infantil no Brasil. Assim, mesmo com todo o desenvolvimento social e tecnológico presente, ainda não se foi delimitado explicitamente o limiar entre marketing e manipulação. Nesse sentido, percebem-se dois grandes contribuintes para essa problemática, a persuasão de crianças, que ainda não possuem senso crítico desenvolvido, e a instigação do consumismo desenfreado desde pequenos.   Nesse contexto, é importante salientar que o marketing infantil pode ser considerado, muitas vezes, até como um situação de covardia, pois as crianças ainda não possuem nenhum filtro crítico contra o meio externo e acabam absorvendo tudo vulneravelmente. Segundo a revista Veja, o marketing para crianças é sujo e oportunista, pois gera sentimentos angustiantes nos infantes que não podem obter o produto e predisposição ao consumismo exacerbado nos que podem ter. Torna-se claro, à vista disso, que a publicidade é imprópria para essa faixa etária pela própria ingenuidade e inocência da infância.    Ademais, outro grande fomentador dessa problemática é uma aumentada propensão ao consumismo desvairado, que poderá formar indivíduos mesquinhos e sem empatia com o meio ambiente. De fato, como disse Barack Obama: ''Ensine as crianças a diferença entre querer e precisar". Com isso, é preciso tutelar os mancebos da futilidade dos bens supérfluos.   Fica evidente, portanto, que para se resolver a questão no marketing infantil no Brasil é primordial o combate a manipulação e ao consumismo exacerbado. Nesse sentido, faz-se necessário que o Governo, por meio do ECA (Estatuto da criança e do adolescente), proíba legalmente qualquer tipo de propaganda que tenha o intuito de incitar uma criança a comprar algo que não necessita, para que seja preservado a integridade psicológica da criança. Só assim, as complicações da publicidade infantil serão diminuídas no Brasil.