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Enviada em: 14/03/2019

A publicidade infantil está presente no dia-a-dia de maneira explícita. Propagandas estrelando personagens de programas infantis são constantemente reproduzidos pelos meios de comunicação. No entanto, as consequências implícitas da exposição precoce à publicidade, mostram-se na forma de consumismo, obesidade, erotização infantil e consumo precoce de drogas.      Observa-se que a criança brasileira passa em média 5 horas e 35 minutos do seu dia assistindo à programas televisivos, de acordo com o Painel Nacional de Televisores do Ibope, no ano de 2015. Isso demonstra o quão exposta está uma criança à publicidade. A comunicação mercadológica infantil incentiva o consumismo, afim de tirar proveito da influencia dos filhos nas compras dos pais. Demonstrando assim, descaso perante aos impactos que isso impõe aos jovens intelectos em desenvolvimento.      A pesquisa "Targeting Children With Treats", de 2013, mostra que crianças acima do peso tendem a aumentar o consumo de alimentos calóricos em 134% quando expostas à publicidade. Soma-se a isto a erotização precoce que, de acordo com o Instituto Alana, está associada ao intenso marketing infanto-juvenil. Ademais destes dados, ao redor do mundo, poucas medidas parecem estar sendo tomadas a respeito.      Por conseguinte, tendo em vista o bem estar físico e mental das atuais e futuras gerações, faz-se necessário a regulamentação das práticas de marketing e propaganda infanto-juvenil. Isso deve ser feito por meio de uma nova lei, que preveja punições cabíveis às empresas que realizarem propagandas psicologicamente prejudiciais ao público infantil, além de fiscalização adequada por parte dos órgãos governamentais capazes. Igualmente necessário é a intervenção parental, que deve ser consciente e ter em vista a proteção da saúde mental da prole. Com estes esforços combinados, sociedade e Estado são capazes de frear a exacerbada e prejudicial propaganda infantil.