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Enviada em: 14/03/2019

Manipulação infantil       Desde a sua criação, a publicidade é direcionada para determinados grupos, de acordo com interesses financeiros da empresa que deseja escoar seu produto. Um desses grupos é o público infantil, que, por ainda não ter discernimento suficiente, é facilmente manipulado. A publicidade infantil constitui um dos maiores problemas na atual sociedade brasileira, pois tira proveito da inocência da criança, induzindo-a, juntamente com seus pais, ao consumo em demasia.       Conforme visto anteriormente, por ainda não possuir o intelecto formado, a criança se torna uma vítima da publicidade criada por empresas, que têm como objetivo vender seus produtos, sem pensar nos danos financeiros para as famílias. Fabricantes de brinquedos, roupas e materiais escolares utilizam figuras coloridas, desenhos, personagens de filmes e super-heróis para atrair o público infantil, que, por sua vez, coage seus pais para comprar o produto, criando um ciclo consumista sem fim.       Perante às consequências da publicidade infantil, observa-se que a população, tanto a infantil quanto a adulta, de praxe, é facilmente manipulada. O publicitário consegue convencer o cidadão de que determinado produto é essencial e que ao adquiri-lo, ele vai estar inserido em uma tendência.       Em seu livro "Genealogia da Moral", Nietzsche afirma que a sociedade é desenvolvida por meio de manipulações sobre o que é certo ou errado, bom ou mau, constituindo uma alienação permanente sobre os conceitos instituídos. Pode-se fazer uma alusão da teoria de Nietzsche com a publicidade infantil, que dita um padrão de consumo para as crianças, que, posteriormente, se tornarão indivíduos alienados.       Em suma, para que a publicidade deixe de focar essencialmente no público infantil, o PROCON deve ser mais exigente quanto às políticas de marketing infantil, e os pais precisam controlar o tempo em que a criança fica exposta às mídias sociais, para evitar a visualização excessiva de propagandas. Os educadores devem realizar atividades lúdicas para provocar o discernimento do aluno, para que ele tente diferenciar o que deve ser consumido, evitando o consumismo e a manipulação. Por fim, os órgãos públicos, juntamente com ONG´s especializadas, precisam criar programas de conscientização nas empresas, criando um vínculo capital e social, para que o empresário repense a sua publicidade, tornando-a menos manipuladora e prejudicial às famílias.