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Enviada em: 24/04/2019

"O importante é ter sem que o ter te tenha" essa frase do humorista carioca, Millor Fernandes, é muito pertinente quando se trata dos problemas gerados pela publicidade infantil no Brasil. A influencia abusiva de propagandas destinadas as crianças e a falta de discernimento desses seres em transição são os protagonistas desse cenário desleal.Por isso, indubitavelmente, medidas devem ser tomadas para resolver esse problema.  Em primeiro lugar é fundamental lembrar que o artigo 227 da constituição federal de 1988 assegura, dentre outras coisas, que é dever do estado e da família deixar a criança a salvo de toda forma de exploração e abuso. O que a propaganda infantil faz é justamente o contrário: ela, explicitamente, se aproveita da falta de maturidade desses indivíduos. A exemplo disso, tem-se diversos canais do youtube que usam como ferramenta de manipulação a criação de videos onde o foco principal é um brinquedo ou uma guloseima. Portanto, torna-se necessário a criação de um mecanismo que impeça a propagação desse problema.   É importante ressaltar, ainda, que biologicamente as crianças configuram uma parte da sociedade que ainda esta em desenvolvimento físico, intelectual e emocional. Esse fator garante que, na maioria dos casos, as crianças vão interpretar a propaganda como uma verdade absoluta, isso significa que se uma propaganda mostra um garoto ou uma garota feliz com um brinquedo a criança que está assistindo esse conteúdo interpretará que precisa do brinquedo para que também possa se sentir assim gerando, obviamente, o consumismo exacerbado de uma forma totalmente desleal.  Dessa forma, é importante impedir ou regular o acesso a essas propagandas. Por conseguinte, entende-se que é primordial que o Governo brasileiro crie mecanismos para combater a publicidade infantil, por meio da criação de uma agencia de fiscalização que atue principalmente na internet em sites como o youtube, local onde atualmente mais ocorre esse tipo de propaganda, para que possa valer o que está escrito no artigo 227 da constituição federal. De maneira análoga, é imprescindível que a Família regule o tempo e o conteúdo que as crianças têm acesso, por meio da imposição de limites de uso diário da televisão e da internet bem como com a criação de espaços que estimulem a criatividade e a interação social livre desses aparelhos para que elas entendam que "o importante é ter sem que o ter te tenha."