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Enviada em: 27/05/2019

Bonecas. Carrinhos. Calçados que piscam. Em seu horário de lazer, crianças são bombardeadas com anúncios hipnotizantes. Muitas vezes, esses comerciais chegam a ser apelativos, tendo sempre em vista a venda de um produto. Sabe-se que é de suma importância desenvolver um olhar crítico nas crianças frente a essas situações. No entanto, deve-se tomar medidas para evitar que a publicidade infantil torne-se abusiva.  Em primeiro lugar, cabe ressaltar a pouca experiência de vida observada na infância. Decorre disso que crianças têm menos senso crítico e são, portanto, mais facilmente manipuladas. Sabe-se que, enquanto um adulto é capaz de ponderar sobre sua necessidade e poder de aquisição de produtos anunciados, nem sempre os mais jovens têm essa capacidade. Não obstante, mesmo adultos são influenciados pelo marketing, como visto no filme "Obrigado por fumar".  Nesse contexto, vale lembrar que o principal objetivo da empresa que anuncia é aumentar suas vendas. Assim, sem uma legislação que regule a publicidade infantil, lançam mão de qualquer recurso para convencer o mercado a consumir. Desse modo, sem escrúpulos, produzem propagandas apelativas. Acabam, dessa forma, incutindo valores e desejos em crianças sem que elas possam resistir a isso sozinhas. Por isso, países como a Bélgia e a Coreia do Sul aplicam proibições parciais sobre a publicidade infantil, restringindo horários e faixas etárias.  Em resumo, nota-se a necessidade de um maior controle sobre como produtos infantis são anunciados. O governo deveria criar leis que restringissem os horários permitidos para propagandas televisivas, de modo que fossem ao ar em horários que adultos mais comumente assistam à televisão. Assim, quando a criança assistisse ao comercial, teria o apoio de seu responsável para lhe fazer refletir sobre ele. Outrossim, as empresas de publicidade poderiam focar em anúncios voltados para pais, tornando-os menos apelativos à pouca experiência das crianças, mas ainda assim expondo seus produtos.