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Enviada em: 19/03/2017

Propagandas são artifícios midiáticos para aumentar a adesão de produtos, inclusive, entre o público infantil. Entretanto, por vezes, os anúncios publicitários veiculados às crianças são abusivos e apelativos. Com isso, surge a problemática da pertinência da publicidade infantil em questão no Brasil tanto pela insuficiência de medidas governamentais quanto pela mentalidade influenciável na infância.     É inegável que os setores ligados à mídia têm diversos benefícios com a venda de mercadorias, mas isso afeta o desenvolvimento infantil. De acordo com Aristóteles, através da justiça, o equilíbrio social é atingido. Seguindo essa linha de pensamento, a publicidade rompe essa harmonia haja vista que o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) falha na regulamentação de anúncios midiáticos. Assim, cada vez mais, as crianças são submetidas a uma onda de propagandas e ao consumo desenfreado. Por isso, o Estado, através de dispositivos legais, é importante para regulamentar a publicidade.     Na infância, a mentalidade do indivíduo ainda está sendo moldada. Indubitavelmente, produtos anunciados pela rede televisivas, associados a brindes e desenhos infantis, atraem o público, todavia isso pode ser prejudicial. Segundo John Locke, o homem nasce como uma folha em branco. Dessa forma, a mente infantil ainda é bastante fragilizada e, como é influenciável, a criança tem dificuldade de discernir as reais necessidades e os apelos da mídia. Diante do exposto, a conscientização é indispensável para a reversão do problema.    A pertinência da publicidade infantil é, portanto, questionável pela ineficácia estatal e pela mentalidade pueril da faixa etária. Com isso, o governo e o Conanda devem promover limites aos publicitários, reduzindo o número de propagandas apelativas através da criação de órgãos estaduais que multem as empresas que descumprirem as determinações. Somado a isso, a escola deve atuar na conscientização familiar, por meio de campanhas e palestras, para minimizar o estímulo ao consumo precoce.