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Enviada em: 01/04/2017

Garantir direitos   A propaganda de uma guloseima, no passado, era feita utilizando crianças que presenciavam a falha de um adulto e negociavam o silêncio pela compra do chocolate. Atualmente, o filho observa que o pai não consegue se alimentar sozinho, auxilia-o e lhe ensina a maneira correta de comer o biscoito. A forma como o Brasil se posiciona frente à questão não se modernizou, ainda distorce a realidade em detrimento da saúde mental e física dos menores, ao passo que só considera o poder de persuasão da propaganda infantil confirmando o real desafio a ser superado.   A princípio, as reformas legislativas vêm sendo aclamadas pelo envolvidos, os liberais esperam ter mais lucros com uma branda regulação, além de vigorar o direito de escolha do consumidor, e os pais acreditam que leis vão garantir a redução do abuso publicitário sobre o nicho infanto-juvenil. Quando se busca comprar um caderno, deve-se estar preocupado de que material é feito. Em vez disso, procura-se o produto do animal que está fazendo sucesso, dificultando, o aprendizado sobre ter e ser dos envolvidos, crianças e adolescentes.   Como também há empresas reproduzindo inverdades sobre o produto alimentício, como a de não possuir conservantes e de ter maior quantidade de sódio do que relata a tabela nutricional. Frente a tal situação, grupos ativistas e parte da sociedade se mobilizam para que o maior número de pessoas conheça sobre os direitos e deveres das propagandas para as crianças, visando padronizar o compromisso com o consumidor da mesma forma como acontece com os adultos, como em campanhas de cigarro e álcool.   O Brasil, com o intuito de modificar o atual formato das campanhas publicitárias infantis, deve lançar mão do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária com o objetivo de alcançar as reformas exigidas, necessita-se da criação de um departamento que conte com uma equipe multiprofissional que regulamente e fiscalize a circulação de propagandas infantis por meio do CONAR. Pela busca de informação para os responsáveis legais sobre as campanhas, as escolas devem discutir questões éticas e de cidadania para garantir o senso crítico e prevenir problemas como consumismo e distúrbios alimentares associados à publicidade. O fortalecimento da rede informacional garantirá que nossas crianças sejam protegidas frente à ganância de empresas que pretendem obter mais lucros, desconsiderando a ética e o compromisso social.