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Enviada em: 14/05/2017

Quando o poeta Manoel de Barros diz "É preciso transver o mundo", percebe-se a necessidade de uma nova visão ser dada às situações do cotidiano social. Seguindo isso, surge a questão da publicidade voltada às crianças no Brasil, que precisa ser alvo de um olhar mais crítico pela população. Isso porque o exacerbado marketing envolvendo o público infantil pode trazer impasses para o futuro desses indivíduos.   De início, vê-se que os infantes, seres que tendem a não ter um senso crítico desenvolvido, estão sendo atingidos excessivamente pelas propagandas. Estas são comuns em comercias durante o dia todo. Complementando esse cenário, por viverem na era digital, as crianças estão cada vez mais conectadas à televisão. Nesse sentido, o marketing visto entre blocos de progamas assistidos pelos pequenos chega mais facilmente a esse público. Assim, se somado à oratória dos comerciais e o baixo discernimento de crianças, a coerção do marketing é aumentada, chegando a ser abusiva. Dessa forma, quando o sociólogo Durkheim alega a necessidade da "justa medida", a qual relata que a harmonia só é alcançada caso não existir exagero nas decisões a serem tomadas, parece ser feita uma alusão ao fato de haver um descuido em deixar crianças tão expostas à publicidade, ainda mais por elas serem pessoas em formação.     Com esse contexto de imprudência, constata-se uma consequência claramente não superficial. Isso se dá porque os pequenos poderão se transformar em adultos consumistas, o que seria um legado de estarem sendo impactados pela publicidade desde a mais tenra idade. Nesse viés, é válido ressaltar que consumismo é o ato de comprar o não necessário, tendendo a ser uma compulsão. Com essa característica, os indivíduos poderão, por exemplo, entrar em crises financeiras mais comumente. Dessarte, quando o líder Gandhi diz que o futuro é produto do presente, infere-se a necessidade de a situação ser revertida, evitando problemas para os próximos anos.   Fica claro, portanto, que a publicidade infantil acentuada pode trazer danos à considerável parcela da sociedade. Para resolver isso, cabe ao Poder Legislativo criar uma lei que diminua a intensidade de comerciais voltados aos pequenos durante o dia. Ademais, é serviço da família estimular a criticidade das crianças desde cedo, fazendo-as aprender a julgar o certo e o errado. Por fim, as escolas devem abrir debates sobre o consumismo, pontuando suas causas e negatividades - o que faria os infantes já terem uma noção de repulsa sobre esse mal. Somente assim, com um conjunto de agentes possuidores de uma visão crítica a favor da mudança, poder-se-á chegar ao fim da problemática.