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Enviada em: 12/06/2017

Um mal necessário Em uma sociedade capitalista, a ordem para as empresas é persuadir toda a população a consumir, cada vez mais, determinados produtos e serviços. É nesse contexto que aparece a publicidade, a qual utiliza alguns recursos considerados abusivos, como as propagandas dirigidas ao público infantil. Apesar de suscitar desagrado a certas entidades, a publicidade infantil não deve ser completamente rejeitada. O avanço tecnológico recente tem feito com que as crianças recebam uma enorme quantidade de informação diariamente, e a tendência é que isso aumente e comece cada vez mais cedo. Invariavelmente, isso faz com que a criança entenda que certos produtos e serviços são capazes de suprir suas necessidades e desejos. Tal como está baseada, a sociedade é composta de indivíduos que são também consumidores. Assim, as crianças de hoje são os consumidores do amanhã. Ao contrário de proibir as propagandas dirigidas a elas, é preciso educá-las a entenderem o que há por trás de tais estímulos publicitários: a tentativa de aumentar o consumo. Dessa maneira, desde cedo, as crianças podem pensar criticamente seus desejos e, principalmente, a função do consumo em uma sociedade. Todavia, as crianças são mais suscetíveis e influenciáveis a certos modelos publicitários, tais como aqueles que utilizam personagens de desenhos e famosos na divulgação de produtos e serviços. Portanto, é preciso haver uma regulamentação na criação de propagandas destinadas ao público infantil. Nesse sentido, ao invés de proibir completamente, o Brasil, tal qual o Chile, deveria, com o apoio do Conar, utilizar certas regras na publicidade infantil, restringindo propagandas em certos horários e para determinadas faixas etárias, além de proibir o apelo causado pelo uso de personagens e famosos e trazer mensagens que incentivem um estilo de vida saudável. Desse modo, a publicidade pode ser encarada como realmente é: um mal necessário.