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Enviada em: 30/06/2017

A Revolução Industrial criou a necessidade de ampliação do mercado consumidor. Sob essa ótica, as empresas usam da inabilidade crítica das crianças para venderem seus produtos através de recursos atrativos. No Brasil, o custo é o alto índice de obesidade infantil, graças ao direcionamento da propaganda de doces às crianças. Sendo assim, são necessárias análises sobre os efeitos da publicidade infantil.     A infância, fase de formação da personalidade, é um momento de alta influenciabilidade, ou seja, na visão empresarial são mais susceptíveis a criar hábitos consumistas. De acordo com Karl Marx, esse fenômeno decorre da fetichização da mercadoria, ou seja, ampliação da necessidade do produto através de elementos da publicidade. No contexto infantil, a teoria se comprova com o uso de personagens que atraem as crianças, como personagens de desenho animado.       Vale ressaltar que a maioria dos hábitos que as empresas criam nas crianças são negativos, prejudicando, inclusive, sua saúde. Segundo o livro O Poder do Hábito, as empresas criam essas novas rotinas através de uma deixa, que, no caso, é o fácil acesso ao produto, e uma recompensa que aparece em diversos formatos, desde reconhecimento entre os amigos por ter determinado brinquedo até o apreciamento do organismo por alimentos calóricos. Na primeira premiação, o prejuízo é nas relações pessoais, uma vez que a criança passa a crer que a apreciação decorre do bem-material, na segunda, a saúde é comprometida.     No Brasil, a publicidade infantil é regulada através de acordos com o governo. O aumento da obesidade entre crianças demonstra a ineficácia desse sistema de avaliação. Mediante os fatos apresentados, é inegável que as empresas são irresponsáveis quanto a sua forma de venda. Portanto, o Estado deve criar novas regras, como a proibição do uso de personagens animados. Da mesma forma, o MEC poderia trazer conscientização aos pais durante reuniões escolares. Somente assim, com atuação conjunta da sociedade o quadro se reverterá.