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Enviada em: 25/07/2017

O homem é em sua essência produto do meio em que vive, construído a partir de suas relações sociais. Essa afirmação do escritor e crítico francês Jean Paul Sartre, ilustra bem a influência que a propaganda exerce no ser humano, sobretudo nas crianças. Indivíduos em formação e que até aos 8 anos de idade não têm capacidade de distinguir valores. Dito isto, é preciso atentar para a publicidade  infantil no Brasil.        A propaganda infantil teve sua expansão nas décadas de 80 e 90, quando os empresários perceberam que os filhos tinham grande influência sobre os pais na relação de consumo. Logo, houve uma explosão de produtos destinados a esse público, desenhos coloridos, personagens animados e musicais, passaram a ser armas usadas pelas empresas com o objetivo de persuadir as crianças a consumirem de forma indiscriminada. A continuidade desse movimento trouxe preocupação à sociedade civil e às autoridades públicas, ao ponto dessa discussão chegar aos tribunais.       É pertinente destacar os danos que o consumismo precoce traz a formação do caráter das crianças, nas suas relações socioculturais bem como, na percepção de si mesma. De modo a influencia-la a ter em detrimento do ser, fragilizando as relações interpessoais. Diante do exposto faz-se imprescindível conter o avanço de qualquer forma de exploração infantil praticada através das mídias. Fomentando a aprovação de projetos de lei como o 702/11, que visa proibir a vinculação de propaganda voltada ao público infantil na televisão das 7 às 22 horas.       Percebe-se então, que a propaganda infantil é uma problemática danosa à sociedade. Assim, um movimento de iniciativa popular, visto que é umas das formas legais de se fazer leis, que vise a criminalização da prática explorativa infantil deve ser apresentada ao legislativo. Por sua vez o governo federal deve ampliar e empoderar órgãos como o CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) afim de salvaguardar as crianças de qualquer tipo de alienação.