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Enviada em: 24/07/2017

Consumo, logo existo  A questão da publicidade infantil no Brasil revela um cruel cenário de abuso e falta de respeito ao bem estar de uma população ainda em formação social. Neste sentido, as grandes empresas de material escolar e de brinquedos utilizam da ingenuidade, na infância, para expandir seu mercador consumidor. Ademais, como diria o filósofo alemão Karl Marx, cria-se uma fetichização descompensada da mercadoria que segrega e exclui aqueles de menor poder aquisitivo. Dessa forma, existe uma pressão sem limites para o consumismo desmedido.  De acordo com sociólogo Émile Durkheim, é na infância que os indivíduos passam pelo processo de socialização, ou seja, adquirem os valores morais e éticos da sociedade em que se encontram. Neste contexto, a questão da publicidade infantil no brasil apresenta um grave quadro de consumismo identitário. Assim, os espaços de interação dos pequenos são prodigiosamente marcados pela discussão de práticas de consumo, ou seja, o fato do consumo de brinquedos é como nunca foi antes, condição de pertencimento a certos espaços. Dessa forma, a não posse desses símbolos sociais gera uma violenta segregação e exclusão do pueril. Em decorrência disso, a criança quando é bombardeada por anúncios pode desenvolver no futuro uma série de problemas sócias e psicológicos. Observa-se, que alimentar o vício da compra na criança, em possuir o "video game" de última geração ou o "smart-phone" da moda, pode catalisar o crescimento de uma geração de consumidores compulsivos. Diante disso, é necessário o bom senso dos pais em dizer não aos filhos e ensinar que as crianças podem ser felizes com coisas mais simples como praticar esporte ou apenas conversar em uma roda de amigos. Dessa forma, é necessário banir qualquer tipo de publicidade que utilize da ingenuidade infantil para promover um produto. Fica claro, dessa forma, que a publicidade infantil é uma artimanha utilizada pelo capitalismo selvagem para expandir os lucros e bestializar a sociedade. Portanto, faz-se necessário que o Legislativo crie um projeto de lei para mitigar a publicidade infantil afim de proteger a criança e estimular as empresas de publicidade direcionar a propaganda aos adultos o que inclusive pode melhorar o uso de brinquedos voltados a estimular o aprendizado na escola. Além disso, a família será responsável pelo controle do que a criança assiste e pode consumir com a objetivo de mitigar a cultura do consumo. Afinal, como diria victor hugo “o capitalismo faz uma coisa girar enquanto esmaga outra”.