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Enviada em: 13/08/2017

Durante a Era Vargas, foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda, que era um órgão utilizado pelo Estado para, entre outras coisa, mediante um expressivo número de propagandas, persuadir a população e promover a imagem do então presidente Getúlio. Na contemporaneidade, a realidade estigmática do controle mental proveniente da indústria propagandista permanece, assolando principalmente o público infantil, que são de fácil dominação, trazendo grandes problemas para o bom funcionamento da sociedade, carecendo de medidas energéticas que atenue o problema.    O mais notável impasse, reside no fato de que, pelas crianças terem um senso crítico pouco apurado, absorvem as informações com maior intensidade, não fazendo distinção entre uma propaganda informativa e uma persuasiva. As consequências dessa conjuntura, no que se refere ao mercado industrial, é o aumento do consumo alienado, podendo trazer resultados nocivos não apenas para as pessoas em geral, mas também para o meio ambiente, já que a otimização do estilo de aquisição irracional pressupões maior disponibilidade de mercadorias, com isso, aumenta a extração de recursos naturais e, consequentemente, acentua a degradação ambiental.    Entretanto, muitos problemas dificultam a superação do paradigma. Por conta dos avanços científicos do sistema informacional, o uso de eletro eletrônicos, como televisões, celulares e computadores, tem aumentado, por não haver um mecanismo específico regulador, a publicidade voltada para o público infantil, direcionada nesses meios de comunicação, cresce também. Além disso, a falta de direcionamento de conhecimento acerca dos hábitos e resultados da alienação promovida pelo mercado publicitário, faz com que o problema esteja sempre presente na sociedade contemporânea.    Dessa forma, percebe-se que a raiz do problema está intimamente ligada aos fatores jurídicos e sociais. Por conseguinte, a fim de resolver o impasse, levando em consideração o pensamento liberal do Filósofo John Locke, de que, "onde não há lei, não há liberdade", o Congresso Nacional deve criar uma emenda constitucional para regular as propagandas direcionadas ao público infantil, como horários, idades e tipologias, com o fito de limitar a penetração dos instrumentos de convencimento aos emocionalmente mais frágeis. Segundo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele", assim sendo, o MEC deverá instituir nas escolas palestras ministradas por sociólogos e agentes sociais, que discutam os métodos de persuasão utilizados pelas industrias publicitárias e as formas de consumo racional, objetivando conscientizar a nova geração e evitar novos problemas.