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Enviada em: 01/11/2017

"O importante não é viver, mas viver bem". Percebe-se, nas palavras do filósofo Platão, a relação entre felicidade e qualidade de vida. Porém, essa qualidade vem se perdendo nas crianças brasileiras, uma vez que abusos publicitários se aproveitam de seu inexperiente senso crítico e, por conseguinte, podem levar a problemas de saúde.   Aponta-se, a princípio, o papel do Estado nessa problemática. Isso porque é função estatal garantir, dos apelos do marketing, a segurança infantil. Porém, é evidente que esse ideal é ignorado, já que o controle das propagandas do país é ineficiente e, consequentemente, permite o abuso publicitário. Dessa forma, a publicidade, em busca do lucro frenético, aproveita-se da imaturidade dos pequenos para persuadi-los ao consumo e, como resultado, transforma as crianças em futuros adultos alienados, incapazes de compreender suas reais necessidades.   Igualmente, é notório que abusos da publicidade podem levar a problemas de saúde nos brasileirinhos. Isso é devido o uso constante de personagens e músicas de desenhos famosos associados a alimentos hipercalóricos e de baixo valor nutricional, como por exemplo o McDonald's, que utiliza super-heróis como o Flash para persuadir o público infantil. Com isso, as crianças aumentam o consumo de alimentos processados que, como consequência, podem gerar problemas de obesidade, pressão alta e diabetes.   Infere-se, portanto, que a publicidade infantil é maléfica por alienar e gerar problemas de saúde nas crianças. Logo, o Poder Executivo, com o auxílio do Poder Legislativo, deve criar resoluções que regulem os horários e conteúdos da publicidade para crianças como já ocorre em países desenvolvidos - Suécia e Noruega. Urge, também, que as escolas, com o apoio dos familiares, incentivem, por meio de debates e atividades didáticas, o fortalecimento do senso crítico dos pequenos para que cresçam cientes dos perigos ocultos pela manipulação da mídia.