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Enviada em: 03/11/2017

Ética e responsabilidade na terra de Gonçalves.         A publicidade infantil no Brasil enfrenta uma tempestade formada por lacunas legais e pela ganância capitalista. E agora, José? Agora, cabe ratificar Nelson Mandela, líder sul-africano antiapartheid, ou seja, inspirar a esperança onde há o desespero.          Primeiro, o país não possui regulamentação para a publicidade infantil. Desse modo, os órgãos públicos relacionados às crianças emitem resoluções para preencher lacunas legais, mas são contestados na justiça quanto à legitimidade desses atos administrativos. Portanto, essa instabilidade jurídica faz perpetuar as brechas legislativas, favorecendo grupos específicos em detrimento do público pueril.       Segundo, a busca pelo lucro ocasiona abusos empresariais em prol desse fim. Nesse sentido, a persuasão desproporcional da infância para o consumo é um excesso que pode ser percebido por slogans, como o “Compre Batom!”. Assim, as crianças tornam-se vulneráveis à ganância capitalista, isto é, ao consumismo, sendo vítimas de uma publicidade infantil agressiva.          Logo, conduzir a nau é a esperança para que não haja naufrágio. Para tal, o UNICEF pode pressionar o Congresso Nacional para a regulação da publicidade infantil, por meio de mobilização social nas redes sociais e por campanhas midiáticas em parceria com artistas, visando à ética nas propagandas dirigidas às crianças na terra das palmeiras. Ademais, as escolas devem programar, por meio de um conselho pedagógico, um plano de aula que aborde as relações de consumo, a fim de que os estudantes posicionem-se de maneira crítica, responsável e construtiva nessas situações.