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Enviada em: 01/04/2018

O Artigo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente afirma que todas as crianças devem gozar dos direitos que lhe assegurem o desenvolvimento físico, mental, moral e social, em condições de dignidade e liberdade. No entanto, tal fato é interrompido, ao passo que a publicidade infantil apropria-se desse público alvo para a geração de lucros. Dessa forma, deve ser analisado como o consumo de produtos que são anunciados a essa parcela da população contribue para o surgimento de problemas emocionais e para a formação de cidadãos , cada vez mais, individualistas.   Em primeira análise, a publicidade infantil aproveita-se de recursos atrativos, como personagens e desenhos, na exibição de produtos e serviços, para induzir as crianças ao desejo de possui-los. Entretanto, essa ânsia , muitas vezes, ultrapassa o campo do entretenimento e sua posse passa a ser associada à presença da felicidade. Isso acontece devido ao fato de esse público possuir uma vulnerabilidade maior em relação ao poder de persuasão. Em decorrência disso, quando têm seus desejos negados, esses indivíduos podem sentir-se infelizes, e ,desse modo, desenvolver sintomas de ansiedade e depressão, que ,em casos mais graves, levam ao suicídio.   Além disso, observa-se que a propaganda convida o público infantil ao consumo exarcebado; tal situação gera cidadãos mais egoístas, uma vez que crianças usufruem de equipamentos tecnológicos avançados e são orientadas pelos pais, a não deixarem seus amigos pegarem no seu novo brinquedo, dando a elas um sentimento de empoderamento em relação às demais. Por consequência disso, a publicidade infantil colabora diretamente na formação de seres mais individualistas.    É evidente, portanto, que a publicidade infantil causa dificuldades no desenvolvimento das crianças. Dessarte, é mister que a família, em parceria com o Ministério da Saúde, conscientize, desde cedo, seus descendentes sobre os impactos das propagandas, por meio de diálogos com psicólogos que esclareçam o assunto e rompam dúvidas, a fim de evitar o surgimento de doenças emocionais. Para mais, o Ministério da Educação deve aprofundar o ensino da disciplina de ética e cidadania, aumentando sua carga horária , além de desenvolver campanhas e palestras que discutam os prejuízos da publicidade na evolução das crianças, para que, assim, essas possam ser mais solidárias e altruístas. Desse modo, a publicidade infantil deixará de ser tão prejudicial às crianças.