Enviada em: 05/06/2017

A expansão marítima nos séculos XV e XVI representou um grande divisor de águas entre os povos, seja pela busca de novas especiarias na Indias, e mais tarde a descoberta do Brasil. Neste momento, temos a fusão de culturas européia e indígena. Dessa mistura, formou a mais eclética das culinárias do mundo, com adição de ingredientes: diferenças culturais; a era da modernização e o consumo desfreado de alimentos processados.       O país do futebol, do samba, churrasco do final de semana e do feijão com arroz do dia-a-dia oferece um cardápio intimamente ligado a aspectos culturais, geográficos e principalmente econômico. Este apresenta grande influência nos índices de desnutrição das crianças nordestinas, por exemplo, a desigualdade de renda reflete no baixo consumo calórico e as seis refeições diárias não cabem no salário mínimo. Aqueles caracterizam as diferenças regionais e os sabores típicos de cada região do país, a cultura indígena no norte ou colonização italiana, alemã no sul do Brasil.        Além disso, a modernização e industrialização alcançaram a mesa do brasileiro, responsáveis pelo aumento no consumo de alimentos processados, uso de agrotóxicos nas lavouras. A inserção da mulher no mercado de trabalho, disseminação dos chamados “fest food”, onde se tornou mais comum refeições fora de casa quase sempre justificadas pela correria da vida nas grandes cidades. E então o aumento no número de doenças cardíacas, obesidade e Diabetes somam-se a consequências de hábitos alimentares irregulares.     Portanto, há de pensar que independente a classe social, região do país ou poder aquisitivo todos irão consumir alimentos e a necessidade de melhor selecionar o que vai comer se torna essencial, seja para ter uma vida mais saudável ou para barrar a ações de algumas empresas irresponsáveis onde o lucro é o mais importante e a adição de substâncias além da permitida para conservar alimentos se torna rotina. E cobrar dos órgãos fiscalizadores como ANVISA e do poder público para que este garanta melhor distribuição de renda e diminuição das diferenças sociais.