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Enviada em: 11/06/2017

Segundo a Constituição Federal de 1988, no seu Artigo 196, é dever do Estado garantir o acesso à saúde, bem como é responsável por medidas políticas, sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos de todos os cidadãos brasileiros. Assim, faz-se  necessário que o Poder Público atente para alimentação irregular da população, o que está ligado, sobretudo, a responsabilidade da indústria alimentícia, também ao estilo de vida dos brasileiros, enquanto situação que põe em risco a saúde de milhares de cidadãos do país.    Inicialmente, fica claro que o consumo excessivo de produtos industrializados, como refrigerantes e embutidos, é o fator condicionante da alimentação irregular, em função, sobretudo, da grande quantidade de gordura, açúcar e sódio que contêm nesses produtos, que não são saudáveis e pouquíssimos nutritivos para o cidadão. Consequentemente, gerando casos de obesidade. Sobre essa realidade, é lícito relacionar ao posicionamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o qual defende que a mídia cria projetos de felicidade para vender produtos que prejudicam o próprio consumidor.    A principal consequência de uma má alimentação é a obesidade.Dentre esses efeitos, o que parece se destacar mais é a obesidade. Sabe-se, porém, que esse excesso é apenas o início de uma variedade de problemas que, em conjunto, podem prejudicar ainda mais o indivíduo. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de pessoas acima do peso no Brasil já é maior do que a metade da população, atingindo 52% em 2015. O mais preocupante, entretanto, são os frutos desse problema: além de desequilíbrios psicológicos, como a bulimia, o sobrepeso abre caminho para a hipertensão, a diabetes e muitas outras consequências físicas que podem trazer resultados trágicos. Percebe-se, então, certa urgência na adoção de medidas que trabalhem esses problemas e seus efeitos.    Assim, dada a complexidade da problemática supracitada, é fundamental que o Poder Público aumente significativamente os impostos sobre os produtos os produtos industrializados, para o incentivo do consumo de alimentos mais saudáveis. Além disso, é necessário aumentar a fiscalização das indústrias alimentícias por meio de concursos para a contratação de fiscais especializados no assunto, para evitar escândalos maiores, como ocorreu recentemente na operação "Carne Fraca". Outra medida importante e viável é o contexto de reeducação alimentar, através da participação da escola, família e mídia, com palestras e debates de nutricionistas e até mesmo aulas de gastronomia. Só assim, tratando causas e minimizando efeitos, será possível enxergar a alimentação, de fato, como um ingrediente nas transformações de que a liquidez atual precisa.