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Enviada em: 11/06/2017

O desenvolvimento do setor industrial, cuja gênese se deu a partir da Revolução Industrial no século XVIII tem uma influência frontal com os hábitos alimentares hodiernos. Sob essa ótica, a alimentação contemporânea tem sido marcada pelo consumo de alimentos de preparo rápido, cuja maioria é extremamente calórica e insatisfatória quanto ao aporte nutricional. Nesse sentido, uma alimentação irregular aliada ao sedentarismo propicia a instalação de várias doenças. Dessa forma, observa-se a necessidade de discorrer acerca do comportamento alimentar brasileiro, que possui hábitos influenciados pela industrialização.                      Mormente, ao avaliar o comportamento alimentar brasileiro nota-se que esse possui ligação direta com o fenômeno de urbanização. O grande crescimento dos centros urbanos e a difícil fluidez do trânsito faz com que as pessoas durante o expediente de trabalho optem por uma alimentação de "caráter rápido", encontrada nas praças de alimentação de shopping ou até mesmo nas ruas. No entanto, o consumo desses alimentos - a grande maioria rica em sódio, lipídios e açúcar, de forma rotineira, acarreta problemas como a síndrome pluviométrica, na qual o indivíduo apresenta obesidade, aumento da pressão arterial e do nível de colesterol.                           Além disso, cabe ressaltar que vários portadores de transtornos, como, por exemplo, a ansiedade e a depressão têm seus hábitos alimentares influenciados pelo binômio indústria/mídia. A influência ocorre ao utilizar-se de alimentos altamente calóricos e em sua grande parte prejudiciais à saúde como um meio de alcançar bem-estar ou até mesmo refúgio dos problemas. Vale ainda pontuar que a falta de clareza nos rótulos também é inerente à problemática, haja vista o consumo indiscriminado de alguns alimentos por falta de informação.                 Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas que instiguem a mudança de comportamento alimentar no Brasil. Posto isso, cabe ao Ministério da Saúde a veiculação através da mídia de campanhas publicitárias, com o objetivo de alertar sobre os malefícios do consumo rotineiro de "fast-foods" e de alimentos ricos em açúcar para a saúde. Ademais, o Estado no papel da ANVISA, deve exigir das indústrias rótulos de produtos alimentícios mais precisos, com informações nutricionais de acesso mais factível e didático, corroborando para que a população consiga controlar o consumo de alimentos com o maior teor calórico e até mesmo prejudicais a saúde.