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Enviada em: 07/06/2017

De acordo com a OMS -Organização Mundial de Saúde- hábitos alimentares saudáveis proporcionam melhor qualidade de vida. Contudo, no Brasil, o comportamento dessa nutrição é influenciado  por ideários sociais, culturais e capitalistas. De fato, a sociedade atual, acelerada e sintética, está recheada de problemas relacionados à má alimentação e, principalmente, ao peso excessivo. Nesse âmbito, para mitigar o problema, medidas são necessárias.    Segundo Karl Marx, o homem é produto do meio e, para se mudá-lo, deve-se transformar também o meio em que ele está inserido. Dessa forma, o aumento nos preços dos produtos alimentícios, somando-se aos famosos "fast-foods" gerou um desbalanço social, fazendo com que o indivíduo tenha de se adequar a sua realidade socioeconômica. Logo, a diminuição de nutrientes e vegetais essenciais na dieta são substituídos por uma alimentação desregular e pouco saudável. Nesse sentido, essa situação desencadeia distúrbios graves, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Sendo assim, os meios de produção determinam as relações, pensamentos e nosso comportamento.   Sobre outro ângulo, é possível ainda avaliar a resiliência do problema ao analisar, conforme a literatura machadiana, aspectos da natureza e ética humana. Nessa perspectiva, o homem é visto como ser corrompido e corrupto no qual há ausência de princípios. Nesse contexto, pode observar os escândalos recentes envolvendo às empresas frigorificas de carne bovina, assim como, às plantações de leguminosas com alto teor de agrotóxicos que, ratifica a ideia de modernidade líquida de Zygmunt Bauman.  Assim, adiciona-se aos fatores supracitados caracteres inatos, logo, atemporais e tendentes a permanência.    Pode-se perceber, portanto, que raízes sociais, culturais e capitalistas dificultam a erradicação do problema. Primeiramente, cabe ao Estado fazer parceria com indústrias, a fim de possibilitar ao agricultor familiar, suporte necessário para produzir excedentes e, consequentemente, maior distribuição de alimentos e diminuição no custo. Além disso, é necessário que a mídias deixem de priorizar sua capacidade de propagação em comerciais de "guloseimas" e refrata diretamente em campanhas educacionais de hábitos alimentares mais saudáveis. Ademais, passa a ser função da Polícia Federal em conjunto com a Anvisa -Agência Nacional de Vigilância Sanitária- fiscalizar de forma mais contundente as fábricas, indústrias de alimentos e centros de plantio, prevenindo assim, o risco de doenças à sociedade brasileira. Dessa forma, poder-se-á tratar causas e minimizar efeitos, enxergando a alimentação, de fato, como um ingrediente nas transformações do indivíduo.