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Enviada em: 07/06/2017

Com o notável advento das redes sociais, uma parcela da sociedade brasileira encontra-se em uma fase de transição de hábitos, especialmente no âmbito da saúde e da alimentação. Os padrões estéticos, juntamente com a disseminação de informações, corroboram para uma forma de aculturação positiva. Todavia, esse fator não é suficiente para alterar a vida de grandes grupos de indivíduos, restringindo-se àqueles que acompanham diretamente essas mídias. De modo geral, os brasileiros carecem de uma alimentação saudável, questão que resulta em consequências negativas, sobretudo às crianças, gestantes e idosos, considerados grupos de risco.      Nesse contexto, o veganismo é um estilo de vida cuja notoriedade aumenta entre os brasileiros: além da adaptação do mercado, com a disponibilização de diversos produtos que não contêm matéria-prima animal, é possível observar uma melhora significativa na qualidade de vida dos adeptos, uma vez que o interesse desses indivíduos é a principal garantia de uma alimentação saudável e equilibrada. Ademais, sob outra perspectiva, um dos principais fatores limitantes para a produção de alimentos relaciona-se com a disposição de terras agrícolas viáveis, que no mundo ocidental são substituídas por campos de pastoreio, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil.         Em contrapartida com os benefícios oferecidos pelos cardápios saudáveis, a prática agrícola vigente pode também ser a responsável por diversos malefícios à saúde. O uso de sementes geneticamente modificadas exige quantidades maiores de agrotóxicos, cujo consumo excessivo pode levar a uma intoxicação crônica, levando o indivíduo a desenvolver quadros relacionados a dores de cabeça, alergias, infertilidade ou até mesmo abortos espontâneos.         Portanto, conclui-se que a ingestão de frutas, verduras e legumes ainda não está presente na alimentação de todos os brasileiros. Dessa forma, tendo em vista a necessidade da habituação precoce, os Governos Estaduais devem fornecer acompanhamento nutricional nas escolas da rede pública, juntamente com a adaptação ao ensino em tempo integral, de forma que as crianças e jovens tenham seu cardápio controlado e a ingestão de fast-foods ou produtos industrializados venha a diminuir. Como incentivo, pratos coloridos, bem como receitas alternativas devem ser disponibilizadas por gastrônomos, por meio da contratação desses profissionais. De maneira análoga, a fim de evitar o consumo de vegetais contaminados, a produção orgânica e caseira deve ser estimulada particularmente por empresas de jardinagem, aliadas aos meios de comunicação, que possuem grande impacto social.