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Enviada em: 07/06/2017

Boa alimentação hoje, saúde refletida amanhã         O consumo alimentar tem duas principais atribuições: preservar a quantidade de nutrientes essenciais à sobrevivência e a satisfação que o ato de comer ocasiona através da liberação de serotonina e dopamina, hormônios do prazer. Porém, os hábitos alimentares dos brasileiros sofrem mudanças decorrentes do aumento do consumo de alimentos industrializados. E, com essas mudanças, níveis de obesidade se tornam cada vez mais altos, influenciando na saúde não só de adultos como também de crianças.       Desde o século XX houve grandes mudanças no comportamento alimentar brasileiro através do surgimento de novos produtos, novas técnicas agrícolas e de conservação de alimentos. Isso resultou em fatores positivos e negativos. Positivo porque tornou a alimentação mais diversificada. Em contrapartida, trouxe doenças como: obesidade e problemas cardiovasculares. A ingestão de alimentos ricos em açúcares, gorduras e insuficientes em fibras colaboram para que os índices dessas doenças se elevem.        Segundo a ONU, (Organização das Nações Unidas) o Brasil conta com 54,1% de adultos com sobrepeso, conforme índice de 2014. Muitas famílias estão trocando os pratos tradicionais, feitos em casa, por alimentos ultraprocessados e de baixa qualidade nutricional. O crescimento econômico e a urbanização servem como explicação para esse crescente aumento do sobrepeso.        Assim, tais problemas ocasionam obesidade infantil e diabetes tipo dois em crianças. Uma pesquisa do Jornal de Pediatras mostrou que, para aceitação completa do alimento, a criança deve ser apresentada a ele de 12 a 15 vezes. Com essa repetição, diversos pais desistem de tentar acrescentar vegetais e frutas no prato dos filhos. E, por comodidade, deixam que a criança se alimente do que preferir, como: alimentos industrializados, doces, frituras e refrigerantes. De acordo com o site G1.com, a cada 100 casos de diabetes em crianças, 30 são do tipo dois, em que o excesso de peso e gordura cria uma resistência à insulina no corpo.        A alimentação atual dos brasileiros pode ser considerada um problema de saúde pública. É de suma importância à conscientização da população através de intervenções da mídia, dos colégios e até mesmo de aplicativos que promovam práticas alimentares saudáveis. O MEC (Ministério de Educação e Cultura) pode promover parcerias para aumentar o incentivo do consumo de alimentos saudáveis, auxiliando na qualidade de vida. Com novas técnicas de divulgação e persistência dos pais coadunados com um  período de tempo, melhoras significativas eclodirão. Afinal, comer bem é viver melhor.