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Enviada em: 08/06/2017

A contemporaneidade, marcada pela globalização e pelos avanços das tecnologias, permitiu a produção de alimentos em grande escala e variedade. Nesse sentido, o comportamento alimentar brasileiro contemplou adaptações e parâmetros de acordo com as necessidades, tornando freqüentes os inadequados hábitos de nutrição alimentar.                     Em primeira análise, é válido destacar os reflexos da má alimentação para o organismo. A esse respeito, alude-se aos problemas de saúde ocasionados pela exacerbada ingestão de gorduras e alimentos contaminados por agrotóxicos, como a obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, intoxicação e problemas cardiovasculares que, associados ao sedentarismo, produzem graves efeitos ao bom funcionamento do corpo. Isso constata-se em uma realidade em que os jovens são os principais agentes, consumindo entre 10% a 15% a mais de alimentos gordurosos do que os adultos.              Na esteira do processo de manutenção dos hábitos alimentares incorretos, alude-se à sobreposição de tarefas e o papel da mídia na modelação de comportamentos. Isso porque, a falta de tempo para a preparação dos alimentos e adequação da dieta equiparada à atuação da Indústria Cultural por meio da intensa publicidade e disseminação de padrões alimentares, representados por “fast-foods”, conduz à ascensão e intensificação do consumo de produtos pré-preparados, artificiais, hipercalóricos e com poucos nutrientes.                 Torna-se evidente, portanto, os reflexos negativos do comportamento alimentar moderno no Brasil. Sendo assim, é essencial que as responsabilidades sejam compartilhadas entre os órgãos públicos, escolas e mídia. O Ministério da Saúde em parceria com as escolas deve propor medidas de mitigação dos maus hábitos por meio de campanhas atuantes e permanentes, palestras e seminários em postos de saúde e escolas, com o aconselhamento e orientação profissional e o envolvimento de toda a comunidade. Além disso, é imperioso a implementação de suporte nutricional nas escolas, adequando a alimentação oferecida para os jovens em busca da mudança de comportamentos. A mídia em parceria com políticas públicas deve suscitar a alimentação correta por meio de propagandas publicitárias educativas e debates críticos em programas televisivos. A articulação dessa pluralidade é imprescindível para a elevação da qualidade de vida.