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Enviada em: 11/06/2017

Segundo o sociólogo francês Jean-Pierre Poulain alimentar-se transcende o carácter nutricional e traz consigo características culturais de uma comunidade. Nesse sentido, o comportamento alimentar do brasileiro é díspar ao ideal, com um equilíbrio na oferta de nutrientes, devido ao estilo de vida levado e à qualidade dos alimentos.        Primeiramente, cabe avaliar o impacto do estilo de vida urbano, caracterizado pela dinâmica da globalização, na alimentação. Na pós-modernidade, como observado por Zygmunt Bauman, as pessoas estão imersas em um mundo no qual o tempo é primordial e a busca por alternativas imediatas é constante. Com isso, os brasileiros têm optado por formas ágeis para sanar suas necessidades. Na alimentação esse comportamento mostra-se na preferência por alimentos industrializados, que, em muitos casos, apresentam deficiência nutricional.       Ademais, a nutrição do brasileiro é lesada devido ao alto índice de aditivos nos alimentos – usados a fim de aumentar a produtividade das lavouras ou prolongar sua validade. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Nacional, a ANVISA, o teor de resíduos de agrotóxicos nos alimentos disponibilizados para o consumo, no país , está acima do permitido. Isso é prejudicial para a população, pois coloca em risco a saúde dos cidadãos, podendo levar ao desenvolvimento de distúrbios no Sistema Nervoso Central e até câncer.       Portanto, para que possa aproximar-se do ideal, o comportamento alimentar do brasileiro deve ser alterado. O governo, por meio do Ministério de Agricultura, pode aumentar a fiscalização diante da utilização de insumos. Além disso, a alimentação correta deve ser incentivada e a influência dos veículos de informação tem fundamental importância nesse processo que pode acontecer com o auxilio das peças publicitárias.