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Enviada em: 09/06/2017

Quando Claude Lévi-Strauss filósofo e antropologista belga afirma que a cozinha de uma comunidade é a linguagem na qual ela traduz inconscientemente sua estrutura, afirma a formação dos hábitos alimentares no processo histórico e cultural de um povo, em que favoravelmente ou não, a sociedade coloca aos indivíduos sob um modelo de coercitividade alimentar que se devem integrar.  De acordo com a pesquisa da revista Superinteressante, de um total de 1200 brasileiros entrevistados, 74% se consideram bem-alimentados por poder e comer o que tem vontade, número tanto quanto pouco surpreendente, uma vez que a imposição do consumo e da praticidade de um contexto social moderno é corriqueiramente posto aos cidadãos num âmbito de mais valor do que dietas e reeducações alimentares.  Os fast-foods, atualmente bastante encontrados e conhecidos pelo alimento já pronto que vai até um individuo é em princípio uma ótima ferramenta eficiente e prática na vida de muitos trabalhadores, entretanto, nem sempre é um meio saudável por principalmente, apresentar em maioria produtos ricos em carboidratos, lipídeos e calorias, esquecendo-se do ferro e vitaminas como A, D, E, C e entre outras tão importantes no desenvolvimento do organismo.  Além disso, vale ressaltar os vários produtos industrializados que vieram também para otimizar o dia a dia do cidadão, no entanto, a transparência em informar ao consumidor a veracidade da data de validade e ingredientes que foram adicionados ao alimento não é facilmente identificado, como em exemplo casos de pelos de rato que foram encontrados em molhos de tomate, o que assusta o fato de ser permitido a colocação e em algumas industrias estarem colocando até em excesso.  Em suma, a fim de se reverter tal quadro consistente no atual contexto brasileiro, deve-se em primeiro plano formular e divulgar amplamente em escolas, universidades e até empresas campanhas que visem a saúde alimentar através de palestras de nutricionistas e médicos endocrinologistas alertando os riscos de uma má refeição e expondo a necessidade de melhorar os hábitos alimentares. Ademais, recomenda-se a reformulação de fast foods saudáveis e o rompimento do conceito de ''comer bem é quem come muito e o que quer'', mas sim de quem come tudo em pouca quantidade. E enfim, uma fiscalização mais abrangente dos produtos industriais com a formulação e rigorosidade de uma legislação que garanta empresas e industriais a fornecer ao consumidor informações mais detalhadas sobre determinada mercadoria. Assim, sintetizaremos juntos uma cozinha brasileira que seja exemplo á Lévi-Strauss e a outros povos e nações.