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Enviada em: 10/06/2017

“Só tenho tempo pras manchetes no metrô, e o que acontece nas novelas alguém me conta no corredor” A canção ‘Nada tanto assim’, da banda Kid Abelha, retrata o cotidiano de boa parte da população brasileira. A falta de tempo e a correria do dia a dia são responsáveis por influenciar as atividades básicas diárias, como os hábitos alimentares da população.       No Brasil, o comportamento alimentar da população, que enfrenta periodicamente, na maioria dos casos, uma jornada de trabalho intensa e desgastante, é diretamente influenciado pela falta de tempo desta. A busca por refeições mais rápidas, e práticas, é responsável por fomentar hábitos não saudáveis, contribuindo negativamente com o aumento no número de doenças, como o diabetes e a hipertensão, que quando aliadas à falta de tempo para realizar exercícios físicos fazem com que estas doenças sejam cada vez mais frequentes nesta população.        Além disso, a população ativa não é a única a ser influenciada por esta rotina. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 2017, a população jovem brasileira tem seguido uma dieta de alto risco cardiovascular, composta por altos níveis de sódio e açúcar, hábitos que podem ser adquiridos não só por meio do senso comum, por conviverem com uma população ativa que, mais frequentemente, não tem tempo para refeições completas e balanceadas, como também, por propagandas massivas de comidas fast-food, que estão cada vez mais presentes no cotidiano dos adolescentes, uma vez que estes têm cada vez mais acesso à internet, televisão e a outros meios de comunicação e são influenciados a buscar por estes produtos.       Infere-se, portanto, que o comportamento alimentar do brasileiro carece de intervenções sociogovernamentais, uma vez que o aumento no número das doenças já anteriormente citadas fomenta o surgimento de uma problemática de saúde pública que precisa ser combatida. Logo, para que isso ocorra, o Ministério da Educação deve veicular, nas mídias, campanhas que alertem sobre os perigos de uma alimentação não balanceada e,também, que influenciem a população a praticar exercícios físicos. Além disso, o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) deve intervir em alguns comerciais abusivos de redes de fast-food, que são responsáveis por aumentar a busca da população, tanto adulta quanto infantil, por alimentos de alto teor de açúcar e sódio e, dessa forma, os hábitos alimentares não saudáveis do brasileiro serão combatidos e amenizados.