Enviada em: 11/06/2017

Vivendo no Brasil, desde a implantação do Plano Real, um período de ampliação da possibilidade de consumo, o fator consumo consciente vem tornando-se importante na medida em que problemas relacionados à má alimentação aumentam. Notar a persistência de práticas, com vistas ao uso exacerbado de produtos processados, que prejudicam a saúde humana, dá caráter urgente a esse tema, levando-se em consideração aspectos humanísticos e um ciclo social. Em primeiro lugar, quando Kant afirma que "o homem é aquilo que a educação faz dele" ratifica a importância do caráter didático, definindo os atos do indivíduo em sociedade. Seguindo a linha de pensamento do filósofo, prevê-se que, em um corpo social em que o consumo, além de estimulado, é fator de inserção e diferenciação social, parte dos cidadãos se alimentem de forma compulsiva. Dessa maneira, faz-se necessário a propagação do conceito de consumo consciente. Outrossim, o uso exacerbado de alimentos processados é o principal prejudicador da saúde humana. Quando Durkheim define que o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade, evidencia a influência da sociedade sob o indivíduo. Seguindo essa linha de pensamento, nota-se que uma criança que se desenvolve em meio a esse comportamento, tende a adotá-lo por conta da convivência. Assim, há o fortalecimento do consumo indiscriminado, transmitido de geração à geração, prejudicando o bem- Fica evidente, portanto, a necessidade de romper paradigmas que valorizem o consumo compulsivo, com vistas o aumento da qualidade de vida do cidadão. À mídia cabe o papel de promover propagandas e debater que engajem o consumo consciente. A escola deve promover eventos temáticos, incluindo pais e alunos, abordando desde benefícios de uma alimentação saudável a prática regular de atividade física. Dessa forma, construir-se-á, gradualmente, uma sociedade mais ciente das vantagens de nutrir-se equilibradamente, fortalecendo-se o Estado de bem-estar social.