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Enviada em: 11/06/2017

"Toda ação tem uma reação", postula a terceira lei do teórico Isaac Newton. Tal enunciado pode ser aplicado à problemática do comportamento alimentar, considerando que, caso incentivado um hábito alimentício nocivo (ação) acarretará prejuízos no bem estar e saúde do indivíduo (reação). O ato de cultivar uma alimentação ruim é estimulada pela sociedade de consumo e intensificada no âmbito psicológico.      Em primeira instância, a sociedade de consumo, vertente do capitalismo, incentiva a aquisição massiva de bens e serviços. Nesse ínterim, emerge a indústria alimentícia, que conduz o mercado popular ao consumo desenfreado de gêneros alimentícios. Tal perspectiva é pautada por rótulos com informações vagas sobre os componentes do produto, em consonância com a negligência de fiscalização. Ademais, tais empresas abusam da publicidade, que se vale de elementos sinestésicos, utilizando substantivos de sensação para intensificar a atração pelo produto.           Outro aspecto a ser abordado é a atuação do caráter psicológico que os hábitos alimentares suscitam no indivíduo. A Psicologia explana que o meio, a predisposição genética e as escolhas são os fatores cruciais que abrangem o comportamento do indivíduo. Logo, o ambiente em que a alimentação desregrada é observada e incentivada (pressão seletiva sociocultural), conduz o homem ao mesmo hábito maléfico. Além disso, o ente pode ser levado por um sentimento de compensação: o prazer que o cotidiano não propicia, a alimentação rica em lipídios e calorias confere.           Para que tal cenário seja atenuado, faz-se necessária a atuação das estruturas escolares que, como instrumento de cidadania, trabalhe para um caráter mais saudável da criança, tanto corporal quanto identitária. Outra estratégia importante é a intervenção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, fiscalizando pontualmente a composição alimentar do produto e a comercialização dos mesmos. Por fim, é significativa a ação de campanhas publicitárias que visem a conscientização do consumidor, incentivadas pelo Ministério da Saúde e secretarias de saúde municipais.