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Enviada em: 19/06/2017

O paradoxo da alimentação                                                                   Atualmente, os hábitos alimentares dos brasileiros vem chamando a atenção do Ministério da Saúde. Dados fornecidos pelo IBGE mostram que, aproximadamente, 60% dos adultos estão com problemas de saúde, em decorrência ao excesso de peso. O que ilustra esse fato é o atual cenário da Indústria Alimentar, que  proporciona alimentos industrializados de alto valor energético além da fracassada tentativa  do Governo Federal de se estabelecer uma redução no quantitativo de sódio que compõem as refeições.        Devido a árdua rotina de trabalhadores e estudantes, a Indústria alimentar atua em consonância à "lei do menor esforço" por oferecer refeições já prontas e vendidas a baixo custo. Paralelamente, as propagandas que circulam nos meios de comunicação, refletem que, ao comprarmos um produto em um "fast-food", estamos agregando um "status de pertencimento" à sociedade de consumo. Porém, a ingestão desses alimentos pode desencadear um conjunto de doenças chamadas de Síndrome Metabólica, em que o alto nível de gordura total (colesterol) provoca o aumento da pressão arterial pelo consumo de sódio presente nas comidas.      Com intuito de reduzir a concentração de sal nas refeições, o Governo Federal em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação, estabeleceu um acordo que retirou 14 mil toneladas dos alimentos, principalmente os congelados. Ainda assim, dados revelados pela pesquisa Vigitel mostram que 25% da população brasileira é hipertensa - mesmo percentual registrado antes do corte de sódio -. Esse quadro pode ser explicado pela falta de percepção de uma considerável parcela dos brasileiros sobre seu consumo excessivo de comidas gordurosas e isso está interligado às estratégias publicitárias que vendem alimentos "lights", tão ricos em sódio quanto os produtos comuns, com a finalidade de atrair compradores.    Para que se atenue esse cenário preocupante, portanto, mostra-se importante a criação de campanhas publicitárias influenciadas pela Secretaria da Saúde, incrementando novos hábitos de alimentação que ofereçam mais opções de cardápio. Outra iniciativa poderia ser uma maior participação da escola, desde o ensino fundamental, como instrumento da construção de uma identidade mais saudável, aumentando assim, oportunidades de se alcançar uma sociedade mais equilibrada.