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Enviada em: 19/06/2017

Com a implantação do Plano Real em 1994, o qual trouxe estabilidade econômica para o país, é possível afirmar que houve uma mudança significativa no comportamento dos brasileiros, que passaram a consumir mais. No entanto, no que se refere à alimentação, esse aumento pode ter vindo acompanhado de falta de qualidade dos produtos ingeridos, haja vista fatores relacionados não apenas à indústria alimentícia, como também aos hábitos da própria população.     Com relação às empresas produtoras de alimentos, sua busca desenfreada pelo lucro acaba servindo de impulso para a transgressão das normas legais que regulamentam o setor. Essa atitude, aliada a uma fiscalização frágil e muitas vezes conivente, pode trazer sérios prejuízos à saúde dos consumidores, como por exemplo o desenvolvimento de tumores malignos, provocados por substâncias cancerígenas adicionadas irregularmente aos gêneros alimentícios para lhes garantir maior resistência a pragas – caso da agricultura – ou maior durabilidade – quando industrializados.     Somado a esse aspecto, deve-se salientar os hábitos que as pessoas desenvolveram a partir de um cenário econômico mais estável, os quais podem ser observados, principalmente, nos grandes centros urbanos. Em razão da vida dinâmica peculiar desses locais, muitos utilizam como pretexto uma certa falta de tempo e, com isso, passam a consumir produtos adquiridos em restaurantes de redes fast-food em detrimento de alimentos saudáveis que poderiam ser preparados em casa e levados ao local de trabalho ou estudo.     Para que haja, portanto, uma melhora nesse cenário, faz-se necessário que os órgãos responsáveis, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, adotem uma postura mais conservadora, no sentido de aumentar o rigor na fiscalização da produção de alimentos, desde o início do cultivo ou da criação até sua disposição na mesa do consumidor. Convém ainda lembrar a adoção, tanto por prefeituras, quanto por escolas e organizações não governamentais, de medidas educativas que incentivem as pessoas a fazerem uso de produtos mais saudáveis, passando pelos processos de escolha, conservação, preparo e consumo.