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Enviada em: 26/09/2017

Um topo alcançável     Laranja. Café. Açucar. Carne. O Brasil se destaca no cenário mundial como maior produtor desses alimentos. No entanto, ele também ocupa o topo no ranking de diabetes e doenças cardiovasculares. A grande incidência de tais patologias, que têm como principal causa a má alimentação, evidencia os problemas na nutrição brasileira.     Em primeiro lugar, é necessário analisar o papel da globalização nessa questão. Rotinas apressadas e trabalhos distantes de casa são características da nova ordem mundial que estimulam o consumo de produtos processados por conta de sua rapidez e praticidade. Tais alimentos, que apesar da baixa qualidade nutricional, são baratos e facilmente encontrados, em comparação às refeições saudáveis. Um claro exemplo disto está na distinção da quantidade de unidades e preços entre fast-foods e restaurantes naturais.     Essa discrepância entre estabelecimentos acontece justamente pela falta de incentivos fiscais. Por não serem produzidos em larga escala, os alimentos saudáveis acabam saindo mais caros que os industrializados e, sem descontos nos tributos, esse preço é refletido no prato. Isso agrega os que desejam alimentar-se bem e podem pagar dos que não podem. Estes, por sua vez, acabam recorrendo a restaurantes mais baratos e, muitas vezes, mais calóricos.     Dessa forma, fica claro que a rotina de trabalho e os altos custos dificultam uma boa alimentação. Para resolver essa problemática, o Governo, em parceria com a mídia, com a concessão de benefícios tributários e propagandas de conscientização, deve estimular o aumento do número de restaurantes naturais, assim como o barateamento e preferência por seus produtos. Dessa forma, possibilitando refeições saudáveis em meio ao cotidiano agitado, é possível esperar um Brasil não mais no topo mundial de doenças, mas de saúde.