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Enviada em: 19/07/2017

Apesar de o Brasil se destacar mundialmente por suas altas produções agrícolas, internamente sofre um problema social de má nutrição e índices elevados de câncer. Além de ser incomum o consumo de alimentos orgânicos no país, os brasileiros ainda têm por costume a compra de alimentos processados e, pior, de pouca variedade nutricional. Com a simples mudança desses hábitos, a saúde da população brasileira já sofrerá significativa melhora.       Entretanto, para que isso aconteça, é preciso conhecer a causa desse comportamento, centrada basicamente na economia. Como o Governo faz poucos investimentos no setor de orgânicos, estes acabam ficando encarecidos. Já os processados costumam ser mais baratos por que permitem alta produção a custos mais baixos, o que faz com que muitas empresas invistam nesse setor, ao passo em que uma quantidade cada vez menor de produtores se dedica a trabalhar com produtos naturais. Quanto à pouca variedade alimentar, isso se deve não só ao alto preço dos alimentos, como também à falta de informação dos brasileiros, visto que muitos acreditam estar fazendo refeições balanceadas, quando em verdade não estão, ou até mesmo desconhecem os problemas que podem ser ocasionados pelos maus hábitos alimentares. Se todos conhecessem a lista destes problemas, o comportamento alimentar do brasileiro provavelmente sofreria significativa alteração: alergias, má nutrição, problemas cardiovasculares, obesidade, diabetes do tipo II, anemia ferropriva, cegueira, problemas neurológicos, câncer e uma série de outras consequências.       Para reverter esse quadro, portanto, o primeiro passo é orientar a população. Assim, ONGs envolvidas com problemas de saúde pública devem organizar campanhas que alertem para os riscos do consumo de agrotóxicos e da má nutrição. Mas antes disso, é preciso que os consumidores tenham acesso a fontes alternativas de alimentos. Desse modo, cabe ao Governo incentivar o consumo de alimentos mais saudáveis, diminuindo os impostos sobre a produção e comercialização de alimentos orgânicos e de alimentos menos processados, de modo a incentivar esses setores. Além disso, é preciso que o consumidor saiba exatamente aquilo que está consumindo, o que pode ser resolvido com a criação de uma lei, pelo Governo, que obrigue as empresas a informar o tipo e a quantidade de agrotóxicos na embalagem de seus produtos. Isso faz com que não só os consumidores reflitam melhor na escolha de seus alimentos, como também os produtores se preocupem mais com aquilo que oferecem ao mercado. Se essas medidas forem tomadas como prioridade na gestão pública, os brasileiros certamente terão um futuro mais saudável pela frente.