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Enviada em: 19/07/2017

No documentário "Super Size Me: a dieta do palhaço", o cineasta independente adota somente refeições de fast food em seu cardápio por trinta dias. O resultado não poderia ser diferente: sua saúde deteriorada em pouco tempo e sobrepeso. Fora das telinhas, o mau comportamento alimentar dos brasileiros é uma realidade que aliada ao sedentarismo compromete o bem-estar e a saúde de adultos, jovens e principalmente crianças.      O cardápio do brasileiro, de modo geral, não é o recomendado para quem deseja alcançar a longevidade. Dados do Ministério da Saúde em parceria com o IBGE revelam tal fato: cerca de 60% da população consome alimentos com alto teor de gordura diariamente. Por terem mais maturidade, infere-se que os adultos tenham consciência do mau hábito alimentar, mas mesmo assim justifica-o pela falta de tempo e correria do dia a dia. Além disso, sob a lógica do pensamento do Émile Durkheim sobre fato social (toda maneira de agir, pensar e sentir comuns aos membros da sociedade), esses maus comportamentos podem ser repassados de pais para filhos intensificando ainda mais o problema. Assim, a alimentação inadequada somada ao sedentarismo aumentam a probabilidade de doenças no futuro.       Outrossim, no ambiente escolar a situação não é diferente. Salgados, bolachas, refrigerantes e balas são os produtos mais vendidos nas cantinas das escolas e de quebra os preferidos pelos alunos seja pelo preço, sabor ou praticidade. Nesse contexto, associando-se ao ideário de materialismo histórico de Marx, a produção material que influencia o comportamento humano, pode- se inferir que as oscilações dos preços dos alimentos saudáveis interferem nos hábitos alimentares da população.      De modo exposto, percebe-se que o comportamento alimentar dos brasileiros não é o ideal, mas pode ser alterado, assim como disse Gandhi: "Temos de nos tornar a mudança que queremos ver no mundo". Portanto, o Ministério da Saúde deve elaborar uma planilha de reeducação alimentar para ser implantada nas cantinas das escolas e divulgar aos brasileiros o "Guia Alimentar" que orienta quanto à alimentação saudável disponível no Portal da Saúde. Ademais, os diretores dos colégios devem propor atividades esportivas extracurriculares, a fim de evitar o sedentarismo dos alunos, assim como as autoridades municipais devem investir na construção de hortas comunitárias e atividades ao ar livre principalmente nas periferias, locais em que a escassez de recursos é maior. Com essas ações alguns maus hábitos podem ser rompidos contribuindo com o bem-estar e saúde da população.