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Enviada em: 20/07/2017

No Brasil contemporâneo, a obesidade, a hipertensão e a diabetes acometem uma extensa parcela da população. Visto que uma alimentação balanceada é fundamental para prevenir-se dessas enfermidades, torna-se, portanto, preocupante o comportamento alimentar brasileiro. Não obstante, é possível afirmar que os maus hábitos alimentares são sustentados, de forma inadvertida, tanto pela inoperância do governo em atenuar tal problemática quanto pela mídia, ao ceder às pressões das empresas de alimentos industrializados.                                                                                                           No que se refere à inoperância do governo em mitigar os maus hábitos alimentares da população brasileira, é notório demarcar sua relação com a atual situação do sistema de abastecimento das escolas públicas e gestão da alimentação dos estudantes. Uma vez que a não disponibilização de produtos alimentícios orgânicos em consonância com a ausência de nutricionistas tornaram-se rotina nessas instituições de ensino, os alunos são obrigados a manter uma alimentação desbalanceada. Com isso, o governo não só comprova a despreocupação com a educação alimentar das gerações futuras como também intensifica o surgimento de mais enfermos no Brasil.                                                                Somado a isso, pode-se perceber a participação da mídia na perduração de certos comportamentos alimentares inadequados para a população. Em geral, os veículos midiáticos atentam-se apenas a cumprirem a sua função no mercado: aumentar a vendagem das empresas que os contratam, através da propaganda. Diante disso, os agentes publicitários que abrem espaço para divulgação de produtos alimentícios industrializados não saudáveis, mesmo cientes de sua influência perante a sociedade, demonstram, inadvertidamente, completo desinteresse pelo bem estar populacional.                                   Dado o exposto, fazem-se necessárias soluções que amenizem as problemáticas supracitadas. Em primeiro lugar, cabe ao governo, por meio de verbas públicas e com vistas a estimular os jovens a se alimentarem de forma saudável, abastecer as escolas públicas com alimentos orgânicos e disponibilizar uma nutricionista para coordenar as refeições oferecidas aos alunos. Em segundo lugar, cabe ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária ( CONAR), por meio de uma ação em conjunto com o Ministério da Saúde, regular a quantidade de propagandas de produtos alimentícios industrializados por veículo midiático, para que a população não seja tão influenciada a consumir tais produtos prejudiciais a saúde.