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Enviada em: 23/07/2017

É incontrovertível o aumento no consumo de alimentos industrializados pela população brasileira na última década. Tal cenário é fomentado pela alta carga horária laboral, que demanda praticidade e rapidez na hora da alimentação, como também pelo elevado preço de produtos orgânicos, além do uso de agrotóxicos. Logo, o "prato colorido" torna-se mais raro no comportamento alimentar do brasileiro.    Em primeiro plano, destaca-se a mudança do hábito alimentar. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 40% dos brasileiros consomem quantidades recomendadas diariamente de hortaliças e frutas. Fatores como o uso de agrotóxicos em alimentos orgânicos, além do elevado preço - ocasionado pela baixa produção desses produtos - tornam-se obstáculos na manutenção de um hábito alimentar saudável. Noutro viés, a produção industrial de alimentos, muitos de alto teor calórico, é crescente, diminuindo o preço de oferta desses.   Ante esse cenário, exsurge a questão da obesidade na sociedade brasileira. A "falta de tempo" para uma alimentação saudável, decorrente da carga horária do trabalho, aliada ao sedentarismo, contribuem para a sinfonia da obesidade crescente. Como consequência, casos de diabetes tipo dois e doenças cardiovasculares estão mais frequentes nas problemáticas da saúde no Brasil. Não obstante, o problema da alimentação não se restringe mais à sua escassez, mas ao seu mal uso.    Urge, portanto, medias que garantam o comportamento alimentar saudável pela população. Logo, cabe ao Ministério da Saúde, a contratação de nutricionistas aos hospitais, a fim de fomentar a educação alimentar do brasileiro. Além disso, compete ao Governo Federal a taxação de alimentos não saudáveis e, concomitante a isso, investir na produção orgânica, barateando e facilitando a aquisição de frutas e legumes pela sociedade. É mister, também, que a mídia elucide, por meio da propaganda, os riscos da má alimentação, com o intuito de despertar a problemática no indivíduo.