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Enviada em: 03/08/2017

A busca pela segurança alimentar é um desafio enfrentado pelo Brasil. O país é líder mundial na utilização de aditivos químicos em alimentos. De acordo com os dados divulgados pela Vigilância Sanitária, em dez anos o uso de agrotóxicos cresceu de 93% para 190%, sendo que 70% dos alimentos mais consumidos estão contaminados pelo uso de defensivos agrícolas e conservantes, e 28% desses produtos não são autorizados para a comercialização. Cabe, nesse aspecto aprofundar uma análise acerca dos problemas enfrentados, pelo uso abusivo de aditivos químicos, como: o aumento na incidência de doenças relacionadas com a intoxicação alimentar e câncer, adulteração de carnes e produtos perecíveis, além de causar impactos econômico e ambiental. Sabe-se que esse contexto desafia em sua magnitude a sociedade brasileira, e abordar essa temática é de grande valia para o interesse social contemporâneo. Torna-se imperante entender que o Brasil é o país que mais exporta carnes, cerca de 1,4 milhão de toneladas ao ano, sendo grande parte desse montante é composta por carnes quimicamente adulteradas, e apresenta nível elevado de substâncias nocivas à saúde. Em contrapartida, é o pais que mais utiliza agrotóxicos na agricultura, cada brasileiro consome em média cerca de cinco litros de agroquímicos anualmente, segundo dados da Vigilância Sanitária. São inúmeras causas que corroboram para o péssimo comportamento alimentar, como: a falta de controle de qualidade na produção de alimentos, irregularidades negligenciadas pelos órgãos fiscalizador, e incentivo fiscal para os agricultores utilizar agrotóxicos, pois o uso do mesmo aumenta a rentabilidade do cultivo. Diante dessa problemática, vale ressaltar que o uso irracional de aditivos químicos gerou impactos na indústria nacional e refletiu na economia, pois países importadores não querem consumir alimentos brasileiros devido à certificação do alto índice de contaminantes químicos. Quanto ao embate na saúde, aumentaram as incidência de câncer relacionado com o comportamento alimentar, visto que esses aditivos são bioacumulativos, e os efeitos podem se manifestar ao longo tempo da vida. Cabe, nesse aspecto, buscar viabilidades como a implantação de um novo  modelo de produção de alimentos, baseado na agroecologia e desenvolvimentos sustentável, sem o uso de transgênicos, agrotóxicos e fertilizantes químicos, incentivar o consumo de alimentos orgânicos, e incentivo fiscal para a produção de alimentos orgânicos, com a finalidade de aumentar a oferta de alimentos saudáveis para a população, e conscientiza-la quanto ao risco de utilizar e consumir agrotóxicos, além de exigir do Estado uma fiscalização mais vigente, sem nenhum apelo econômico. Sendo assim, o haverá uma mudança positiva no comportamento alimentar brasileiro.