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Enviada em: 24/08/2017

As grandes aglomerações urbanas, que, até a primeira metade do século XIX concentravam-se nos países desenvolvidos, estão invadindo o Terceiro Mundo, trazendo não somente as inovações tecnológicas, como também as mazelas da vida moderna. Nesse contexto, destaca-se o péssimo comportamento alimentar dos brasileiros, tendo como uma de suas causas a miopia da sociedade contemporânea presa ao que a mídia lhe impõe, e, por conseguinte, um decorrente declínio na saúde pública de modo geral. Segundo o conceito de consciência coletiva de Émile Durkheim, embora todo indivíduo possua uma consciência individual, ele é fortemente influenciado pelas formas padronizadas do grupo social. Dessa forma, verifica-se a grande influência da mídia sobre os hábitos alimentares da população. Isso se exemplifica nas campanhas publicitárias de "fast food", que vendem uma imagem ilusória de que os alimentos apresentados sejam supostamente saudáveis. Ademais, apesar de serem rápidos e de baixo custo, esses produtos são constituídos de uma enorme quantidade de substâncias nocivas que, quando ingeridas frequentemente, aliando à falta de exercícios, podem aumentar as chances de doenças ligadas ao sobrepeso. Em consequência de tais fatores, vê-se, com frequência, pessoas cada dia mais doentes e um sistema de saúde sobrecarregado. Sob essa ótica, doenças como obesidade, anemia e hipertensão, que poderiam ser evitadas com uma alimentação equilibrada, estão acometendo grande parte da população, e, com isso, exigindo mais recursos do Estado para hospitais e postos de saúde, além de interferir na qualidade do atendimento, visto a grande demanda deste. Portanto, não é razoável que essa realidade persista, sendo necessárias medidas para mitigar essa situação. Dessa forma, o comportamento alimentar dos brasileiros deve, portanto, ser melhorado não apenas através do Estado, mas também pelos próprios cidadãos em conjunto com o terceiro setor. Assim, cabe ao Governo fazer a regulamentação dos alimentos disponibilizados aos consumidores e promover palestras de conscientização em postos de saúde à comunidade. Além disso, empresas devem propiciar encontros entre os funcionários para a realização de atividades físicas, como também patrocinar ações em escolas com nutricionistas e médicos, a fim de informar crianças e jovens a cerca dos perigos da má alimentação, e difundir uma cultura de criticidade em relação ao que estão ingerindo. Ademais, aos cidadãos fica o dever da autoavaliação e mudança de hábitos, buscando o conhecimento para que ocorra uma efetiva mudança de vida, ajudando a construir uma nação com um comportamento alimentar digno, saudável e equilibrado.