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Enviada em: 28/08/2017

Atualmente, as refeições caseiras preparadas com alimentos frescos, têm perdido espaço no território nacional. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os brasileiros estão consumindo cada vez mais comida pronta e produtos ultraprocessados, que contribuem para o avanço de doenças crônicas como anemia, diabetes e principalmente, a obesidade. Desse modo, os hábitos alimentares da população preocupam os órgãos de saúde, que recomendam mudança no estilo de vida, na forma de se alimentar e maior desenvolvimento no ato de cozinhar.    Em primeiro momento, é necessário avaliar a qualidade dos alimentos disponíveis para o consumo dos brasileiros. Uma pesquisa realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ou Anvisa, em 25 Estados do país, apresentou uma série de frutas e verduras inadequadas para o consumo, devido ao uso de agrotóxicos não autorizados e teores de resíduos acima do permitido. Consequentemente, a ingestão desses produtos a longo prazo causam danos irreversíveis, como desenvolvimento de câncer e problemas neurológicos.   Outro aspecto importante trata-se do desenvolvimento das indústrias alimentícias e a atuação destas, no cenário da alimentação irregular. A necessidade do brasileiro por uma refeição rápida e prática, faz com os produtos ultraprocessados, assim como as redes de “fast-food” ganhem destaque. Os alimentos instantâneos com baixo valor nutricional, porém com preços acessíveis, acarretam a ingestão de sódio e gordura saturada acima dos limites saudáveis em todas as faixas etárias, prejudicando a qualidade de vida da população.    Destarte, para que a problemática acerca do comportamento alimentar brasileiro seja solucionada, é necessário que primeiramente exista maior atuação na fiscalização das indústrias, por meio da Anvisa, para que os cidadãos brasileiros não consumam agroquímicos em frutas e verduras, quando optarem por uma alimentação saudável. Ainda, é necessário a atuação do Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério da Educação, nas escolas, promovendo palestras de educação nutricional, para que crianças e adolescentes sejam cientes da necessidade de uma alimentação equilibrada. E por último, a mídia tem papel fundamental no desenvolvimento de programas de incentivo a culinária, com instruções, para que exista maior atuação dos brasileiros no preparo da refeição com alimentos frescos, ao invés dos processados, garantindo mais qualidade de vida para a população brasileira.