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Enviada em: 22/08/2017

Segundo a OMS, o Brasil é o segundo país com o maior grau de obesidade em sua população. Tal fato se torna preocupante ao passo em que diversas pesquisas comprovam que o sobrepeso é precursor de diversas doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Posto isso, e sabendo que a obesidade é causada devido a um comportamento alimentar inadequado, pode-se analisar o quadro atual brasileiro levando em consideração a diferença monetária entre possuir ou não uma dieta saudável e o impacto causado na alimentação brasileira.                 De certa forma, uma alimentação saudável pode ser conceituada como um produto nutricional que contenha boa quantidade de nutrientes, sendo estes capazes de suprir as necessidades metabólicas do indivíduo sem lhe acarretar maiores danos. Esse tipo de dieta inclui em sua maioria uma grande quantidade de frutas, verduras e legumes que, segundo diversos nutricionistas, devem constituir cerca de 1/3 do prato de um adulto. No entanto, percebe-se que atualmente o preço de frutas, verduras e legumes tem aumentando substancialmente em detrimento dos produtos industrializados, em sua maioria prejudiciais à saúde. Os produtos industrializados estão dentro da lógica capitalista e isto os faz possuírem preços mais atrativos ao consumidor, graças aos onerosos incentivos governamentais dados às grandes empresas alimentícias; enquanto o mercado de produtos regionais fica dependente de capital para a aquisição de insumos agrícolas e acaba por ter um maior gasto que é cobrado diretamente no preço do produto final ao consumidor. Dessa maneira e em tempos de crise, o comportamento alimentar brasileiro fica à mercê dos produtos mais em conta, no caso os industrializados. Assim sendo, o consumidor ingere um alimento pobre em nutrientes, rico em sais e açúcares e acaba, infelizmente, adquirindo doenças crônicas. Diante do exposto, nota-se que urge, portanto, que medidas sejam tomadas com o intuito de aumentar a qualidade de vida da população brasileira por meio de alterações na sua dieta. Destarte, o primordial a ser feito é o incentivo à valorização dos produtos regionais, que de acordo com a safra, poderão sair à custos acessíveis a população. Para isso, é necessário que o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento ajam conjuntamente, com o primeiro responsável pelo levantamento de produtos regionais que forneçam a população uma boa nutrição e o segundo responsável por promover medidas capazes de reduzir ao máximo o preço de tais alimentos. Dessa forma, tanto a qualidade quanto a expectativa de vida da população serão aumentadas.