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Enviada em: 23/08/2017

Em tempos pós-modernos, onde a informação está a alguns cliques de distância, não tardou a notar-se mudanças relevantes na alimentação das pessoas. A busca por saúde, bem-estar e, de brinde um corpo escultural faz com que cada vez mais brasileiros busquem dicas de nutrição na internet. Dentre outros problemas, a quantidade de informações improcedente faz com que muitos se alimentem de maneira perigosa, ingerindo substâncias danosas ao corpo humano. A informação facilitada é, paradoxalmente, uma benção e uma maldição. Na rede mundial de computadores, hoje, encontram-se diversos textos, imagens e vídeos tratando de pautas alimentares, no entanto nem toda essa informação é de bom embasamento e qualidade. Muitas vezes os produtores de tais conteúdos não possuem qualificação acadêmica para transmitir estas informações, de modo que enviesam os mesmos de acordo com suas convicções. O brasileiro, devido a todo seu contexto histórico, em geral costuma crer naquilo que lhe é dito, ou seja, são presas fáceis para a desinformação propagada em tais mídias. É necessário ter parcimônia ao consumir tais conteúdos. Os hábitos alimentares no Brasil não estão adaptados à busca por qualidade, e sim a quantidade. Em "O Poder do Hábito", Charles Duhigg aponta as dificuldades de suprimir hábitos, mostrando como podem ser necessários anos para tal feito. Durante o período da hiperinflação no Brasil, a população desenvolveu o hábito de comprar o máximo que pudesse antes de sua moeda desvalorizar, naquele período esse comportamento era necessário, porém hoje, em tempos mais estáveis, é necessário reeducar os hábitos alimentares do brasileiro, de forma que passemos  a avaliar qualitativamente o que consumimos. Sabendo que o ponto de intersecção entre tais problemas é, em geral, a informação, fica evidente onde deve-se trabalhar para solucioná-los. De maneira imediata podem ser feitas, com a união de Governo, ONG's e mídia de grande influência, campanhas de conscientização acerca dos perigos da informação de má qualidade. Já ao tratar do longo prazo a abordagem deve ser diferente. As escolas, por serem o berço do conhecimento acadêmico, podem adotar programas que incentivem seus alunos desde cedo à se informarem bem sobre o que estão ingerindo, dos ingredientes à procedência dos alimentos, um exemplo de programa que integra isso é uma cozinha com as crianças.