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Enviada em: 21/09/2017

Durante o período colonial no Brasil, era comum a vinda de navios tripulantes que, devido ao escorbuto causado pela hipovitaminose C ou falta de vitamina C, eram abastecidos por frutas cítricas que solucionavam o problema. Embora date de séculos atrás, questões relacionadas ao comportamento alimentar brasileiro persistem em pleno século XXI, tornando necessária a tomada de novas medidas frente aos transtornos consequentes.          Partindo desse pressuposto, nota-se que a sociedade brasileira possui dificuldades em relação à qualidade dos alimentos e prejuízos causados pelo desconhecimento sobre eles. Isso confirma o pensamento de que os erros são consequência da ignorância humana, dito por Sócrates. Ao permitir a comercialização desses produtos inadequados ao consumo, como o Pimentão que, segunda a Anvisa, possui 91,8% de agrotóxicos, o brasileiro permissivo acaba consentindo com as consequências negativas geradas pela aquisição desses alimentos, como o acúmulo de toxinas que podem causar câncer.       Entretanto, a questão está longe de ser resolvida. A despreocupação da população frente aos prejuízos causados por uma mal comportamento alimentar e a falta de conhecimento sobre eles, permite a continuidade das práticas antiéticas, como uso exacerbado de agrotóxicos, feitas por produtores agrícolas. Aliado a isso, a fragilidade das leis e a total ausência de impedimentos e fiscalizações nos setores alimentares apenas fortalece a realização e persistência de problemas no comportamento alimentar brasileiro.        Para que se atenue esse cenário instável, portanto, faz-se necessária a atuação do Ministério da Saúde associado ao Ministério da Educação, criando palestras educativas em escolas, cartazes em hospitais e alertas em televisões sobre os problemas causados por alimentos maléficos ao organismo e criando um logotipo que avise aos consumidores se determinado produto, em grande quantidade, gera riscos à saúde, tornando a sociedade consciente frente ao produto e criando um senso de preocupação alimentar. Além disso, a fiscalização deve ser mais forte com punição e prisão ao infratores, criando também leis que proíbam a comercialização de produtos prejudiciais à saúde. Dessa forma, o comportamento alimentar e ético brasileiro poderá ser mudado.