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Enviada em: 02/10/2017

A Constituição Federal prevê, em seu artigo sexto, como direitos sociais, entre outros: a saúde e a alimentação. Ambas nunca antes na história estiveram tão relacionadas e debatidas como no atual momento. São inúmeros os estudos, pesquisas e dados que demonstram preocupação com os alimentos do tecido social. Por certo, especialistas vinculam inúmeros problemas de saúde à alimentação, e conscientizar adultos que têm hábitos alimentares pouco saudáveis se tornou uma questão de ordem pública.        No livro “A dieta da mente” o autor norte americano, que é médico neurologista e também formado em nutrição, argumenta que doenças crônicas e mentais tais como diabetes e Alzheimer, podem ter origem na nutrição. Afirma, ainda, que nosso organismo é biologicamente apto a digerir alguns alimentos e outros, ao contrário, podem prejudicar a saúde física e mental quando consumidos, colocando o açúcar e os carboidratos como grandes responsáveis pelas doenças do século XXI. Ademais, no livro “Barriga de trigo”, o autor e cardiologista norte americano, além de arrazoar que o trigo é extremamente nocivo à saúde, ensina que gana pela aceleração da indústria alimentícia, com manutenção de alimentos transgênicos pôs em risco a higidez humana.       Outrossim, a Revolução Industrial e a inserção de homens e mulheres no mercado de trabalho causaram um novo modo de se relacionar com as refeições. A falta de tempo para o ato de cozer fez com que as pessoas buscassem nas prateleiras dos supermercados o que antes plantavam, coziam e comiam. Dos anos 80 aos dias de hoje foi possível encontrar uma imensa variedade de comidas processadas, embaladas e enlatadas, o que era publicado como forma ágil e eficaz de viver a vida, tornou-se um grande problema de saúde. O governo teve que se preocupar em alertar a população aos excessos de sódio, glicose e gordura ingeridos diariamente, bem como controlar a indústria por meio de fiscalização e limites na manutenção dessas substâncias.       Logo, diretrizes são necessárias para minimizar esse desafio. A mídia pode usar de sua influência sob as famílias para esclarecer a importância de hábitos saudáveis como prevenção de diversas doenças. As escolas devem ensinar sobre nutrição e desenvolver atividades que despertem o interesse infantil, como cultivo de hortas coletivas e a instalação de cantinas com lanches saudáveis em substituição aos processados. O Estado deve aprofundar fiscalização e estabelecer punições mais severas às indústrias que infrinjam às leis por intermédio da ANVISA, bem como exigir que as embalagens dos produtos informem os malefícios que alguns compostos ali presentes podem fazer. De modo a garantir a concomitância dos princípios sociais de saúde e alimentação já previstos constitucionalmente. constitucionalmente.