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Enviada em: 12/10/2017

No Brasil, segundo o estudo de um médico da Universidade de São Paulo, a população não ingere as quantidades adequadas de legumes e frutas. Essa realidade demonstra que os hábitos alimentares dos brasileiros não são saudáveis, isso ocorre, pois a alimentação está associada ao modo de produção capitalista. Logo, convém analisar esse cenário.    Primeiramente, é necessário considerar que as empresas alimentícias, que tem o objetivo primordial de adquirir lucros, produzem substâncias hiper-palatáveis extremamente viciantes para aumentar o consumo. Sendo assim, a saúde dos consumidores ficam em segundo lugar, uma vez que esses alimentos são produzidos por meio de compostos químicos prejudiciais para o ser humano. Isso acontece, por exemplo, na fabricação do sorvete que mistura gordura trans com açúcar, caracterizando assim, um alimento com alto potencial de causar malefícios para saúde da população, pois quando consumido em excesso pode desencadear doenças como a obesidade e arteriosclerose. Desse modo, a alimentação da sociedade configura-se como um problema de saúde pública.    Além disso, existem muitas propagandas que incentivam o consumo de "fast-foods" e outros alimentos não saudáveis, esse quadro também é uma estratégia das empresas para aumentar seus lucros. Neste contexto, a educação alimentar das crianças tornou-se uma tarefa árdua para os pais, uma vez que as crianças são mais suscetíveis as publicidades. Outrossim, muitas vezes, os responsáveis não possuem tempo para preparar os alimentos recomendados por profissionais da saúde e as comidas processadas de fácil preparo acabam sendo a opção do almoço familiar. Dessa forma, percebe-se que os maus hábitos alimentares são formados na infância e perdura-se até a fase adulta.    Torna-se evidente, portanto, que o grande obstáculo do comportamento alimentar brasileiro está enraizado na má adaptação da sociedade à contemporaneidade. Para que isso seja modificado é preciso um incentivo de reeducação alimentar, isso poderia ser realizado através de palestras com nutricionistas, financiado pelo governo nas escolas quinzenalmente, a fim de ensinar as crianças e adolescentes a alimentarem-se corretamente. Ademais, o Ministério da saúde poderia criar o mês da alimentação saudável, nesta época seria divulgado informações relevantes com relação ao excesso de alimentos industrializados, como acontece com a campanha de combate ao câncer. Isso aconteceria com o objetivo de alertar a população adulta dos malefícios da negligencia alimentar.