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Enviada em: 01/03/2018

"O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a saúde a qualquer outra vantagem", Arthur Schopenhauer - filósofo alemão - evidencia a relevância da saúde e a sua supremacia em relação à outros desígnios. No entanto, quando o panorama do comportamento alimentar é analisado no Brasil, percebe-se o negligenciamento da qualidade nutritiva ideal junto aos impactos desse fator à qualidade de vida da população. Nessa perspectiva, dois aspectos fazem-se relevantes: a publicidade abusiva e a deficiência educacional acerca da alimentação.    Precipuamente, convém ressaltar que a utilização de campanhas de marketing, sobretudo às crianças, como recurso persuasivo e estratégia consumista é um dos principais responsáveis pelos hábitos alimentares ruins. Uma vez que estimula, a fim de suprir as necessidades da industria capitalista, o consumo de alimentos predominantemente hipercalóricos, processados, refinados e de baixos valores nutricionais. Consequentemente, a incidência de doenças cardiovasculares, distúrbios ( anorexia, bulimia, compulsão), diabetes e obesidade apresentaram um aumento significativo; uma pesquisa realizada em 2011, pelo Ministério da saúde, expressa que 48,5 % dos brasileiros estão acima do peso,  com os índices de pressão arterial elevados e apresentam algum tipo desequilíbrio hormonal.      Convém lembrar ainda que, a Constituição Federal prevê o direito a saúde à todos, sendo dever do Estado garantir, mediante políticas públicas, o acesso e a redução do risco à doenças. É possível perceber, no entanto, que a execução da lei não é desempenhada com excelência, tendo em vista a precariedade educacional a cerca da alimentação aliada à carência de estratégias socioeconômicas governamentais quanto ao controle, fiscalização e avaliação do produtos disponíveis no mercado. Nesse sentido - como resultado -  a população, sem as informações necessárias e sem o auxílio do Governo na exposição da qualidade, validade e quantidade de conservantes na comida, ingerem altos índices de açúcar, sódio e gordura.      Torna-se incontestável , portanto, que o contexto é grave e exige mudanças no campo social e pedagógico. Desse modo, é fundamental que as empresas publicitárias voltadas ao meio alimentício em parceria com a Agência Nacional de Saúde utilizem o conjunto de meios midiáticos para alertar sobre os riscos e doenças relacionadas a utilização demasiada de produtos industrializados, bem como incentivar a prática de hábitos saudáveis e soluções criativas, como o cultivo de hortas coletivas. Ademais, a Polícia Federal aliada a Anvisa devem estimular a reeducação e consciência alimentar por meio de palestras,com médicos e nutricionistas, e orientações, divulgadas em rede nacional, a respeito da quantidade, variedade e valores energéticos ideias para a manutenção qualidade de vida e saúde.