Enviada em: 19/02/2018

Desde 1950, a popularização das redes alimentícias de "fast food" contribui para a substituição parcial ou total do consumo de comidas frescas e naturais em determinadas regiões do planeta. Com o advento da globalização, a dispersão de filiais torna-se excessiva e facilita o acesso de indivíduos a um alimento pobre nutricionalmente. Assim, no Brasil, a ingestão demasiada de alimentos industrializados e a negligência de empresas desse gênero propicia o desenvolvimento de um mau comportamento alimentício populacional. Nesse sentido, são necessárias mudanças visíveis para reverter esse quadro.          Indubitavelmente, o progresso e a modernização de hábitos brasileiros contribuiu para o crescimento de costumes alimentícios prejudiciais à saúde. A ampliação temporal das jornadas de trabalho, atrelada à rapidez necessária para a conclusão de serviços, maior número de estudantes em escolas e faculdades e a participação crescente das mulheres no mercado de trabalho favoreceram o desenvolvimento de um comportamento alimentar irregular, em que há uma maior procura às redes "fast food" e aos alimentos processados ou ultraprocessados. Com isso, o desempenho desses indivíduos em atividades relacionadas ao trabalho e aos estudos se torna diminuto, pois o organismo necessita de quantidades mínimas diárias de nutrientes para o seu funcionamento satisfatório, a fim de evitar, assim, o cansaço físico e mental.                 Ademais, empresas responsáveis pela disponibilização de alimentos industrializados no Brasil, como trustes e holdings, negligenciam os impactos gerados pela ingestão de seus produtos, como as consequências negativas do seu grau ínfimo de nutrientes e a utilização excessiva de substâncias nocivas. De certo, produtos industrializados apresentam, em sua composição, grandes quantidades de sódio, glicose, lipídios, nitritos e nitratos que, em demasia, oferecem riscos à saúde dos brasileiros, como o aumento da ocorrência de câncer, doenças crônicas e obesidade. Além disso, esses alimentos são pobres em vitaminas, fibras e sais minerais, contribuindo para o desequilíbrio da homeostase do organismo. Dessa forma, fica evidente o desleixo com a alimentação equilibrada do consumidor.               Dado o exposto sobre o comportamento alimentar brasileiro, portanto, faz-se necessário que o MEC e as mídias sociais enalteçam o tema de maneira dinâmica através de debates, palestras e documentários, informando sobre os impactos negativos dos alimentos industrializados na vida moderna e no organismo, para promover reflexões e incentivar ações benéficas, como o ato de cozinhar ou procurar restaurantes orgânicos. Além disso, empresas alimentícias podem reduzir ou substituir componentes prejudiciais ao corpo humano, como sais, açúcares, gorduras, nitritos e nitratos, por meio da utilização de elementos naturais, como ervas, açúcar mascavo e azeites.