No documentário “Muito além do peso” os temas má alimentação e problemas de saúde infantis, são abordados de maneira impactante no Brasil, com ênfase nas regiões mais pobres. Isso, é reflexo do inadequado comportamento alimentar brasileiro, que cada vez mais é abastecido com produtos industrializados, o que deixa de lado a alimentação saudável. Desse modo, medidas que mudem essa realidade, fazem-se necessárias, uma vez que, tal comportamento tem se tornado um problema de saúde pública. Tendo como base uma sociedade imediatista, a opção por consumir alimentos prontos e rápidos, tornou-se a escolha de muitas pessoas, sobretudo, daquelas que estão trabalhando na maior parte do dia. Nesse sentido, as indústrias alimentícias contribuem significativamente para que a população tenha hábitos alimentares ruins e pouco nutritivos. Em decorrência disso, crianças são as mais afetadas, já que, diante da falta de tempo dos pais, “fast foods”, alimentos processados, embutidos e industrializados, começam a fazer parte do prato diário desses pequenos. Com isso, ao longo do tempo, desenvolvem doenças consideradas de adultos, como hipertensão, diabetes e obesidade, que são retratadas no documentário. A partir dos anos 2000, o Brasil conseguiu diminuir consideravelmente o número de crianças que passavam fome e estavam em estado de desnutrição. Entretanto, com o avanço das indústrias de alimentos e atrelado ao sedentarismo, os problemas de saúde em virtude da má alimentação, tiveram um grande aumento. Assim, a falta de informações sobre o que se come e a incessante busca de lucros das grandes empresas alimentícias, são fatores que corroboram para que o brasileiro diariamente faça refeições que lhe causam mal à saúde a longo prazo. A fim de atenuar os problemas existentes em virtude do inadequado comportamento alimentar brasileiro, é necessário que governo e mídia ajam em conjunto. Desse modo, o primeiro deve atuar na criação de políticas públicas que visem incentivar a alimentação saudável, por meio, por exemplo da agricultura familiar. Já ao segundo, cabe criar campanhas que promovam o acesso e o estimulo a pratica de hábitos saudáveis e atividades físicas.