Desde a década de 1960, período marcado pelo êxodo rural, os brasileiros passaram por uma intensa mudança de hábitos alimentares. Esse fato torna-se relevante devido ao aumento do índice de obesidade e doenças crônicas, relacionadas à alimentação, após a urbanização do Brasil. Tendo em vista esse fenômeno sociocultural e os desafios que ele representa, é salutar o debate acerca do comportamento alimentar na sociedade brasileira. Essa questão ganha destaque devido aos maus hábitos alimentares da população, que muitas vezes para otimizarem seu tempo e gastar menos, abrem mão de uma nutrição balanceada e de qualidade. Com isso, a falta de investimentos do Estado em restaurantes populares atrelada aos costumes e às práticas culturais resulta, a logo prazo, em um índice cada vez maior de problemas de saúde como diabetes, hipertensão entre outros. Além disso, a pouca ou inexistente prática de esportes, associada á falta de acesso a profissionais da saúde, seja por negligência pessoal ou falta de recursos disponibilizados pelo Estado para a população carente, evidencia a pouca preocupação dos brasileiros com sua alimentação e com os reflexos dessa no seu bem estar físico e mental. Esse tema discutido já na Antiguidade Clássica enfatiza a importância da harmonia entre o corpo e a mente, evidenciado pela citação do poeta romano Juvenal ''Mens sana corpore sano'' (Uma mente sã em um corpo são). Haja vista essa problemática e os empecilhos apresentados, é necessário que o Ministé- rio da Saúde e o da Educação sejam efetivos em suas posições. O Ministério da Saúde, por meio de campanhas e disponibilização de recursos afim de conscientizar a população e aumentar o acesso a Nutrólogos e a Nutricionistas e o Ministério da Educação por meio de projetos e palestras, que visem orientar os jovens sobre a necessidade de uma boa alimentação e da prática de esportes. Para que assim, os maus hábitos alimentícios seja uma realidade atenuada nas próximas décadas.