Enviada em: 22/02/2018

Maus hábitos: Da produção ao consumo                                                                                                           O número cada vez maior de redes de "fast-foods" e as facilidades proporcionadas por eles, junto ao descaso com consumidores e posturas imprudentes, tanto de empresas alimentícias, quanto de órgãos governamentais envolvidos, fazem com que o alimento chegue a sociedade com um número menor de propriedades benéficas à saúde. Concomitante à isso, os cidadãos brasileiros aparentam um certo descaso com suas refeições. O que pode ser feito para reduzir tais episódios?                                               Em primeiro plano, observa-se que a falta de rigor nas fiscalizações feitas pela Vigilância Sanitária de Alimentos, cujo objetivo é garantir a uma boa condição dos serviços alimentares, permitem que as empresas vendam produtos contaminados, de qualidade inferior à exposta nos rótulos, com data de vencimento estourada, entre outros. Além disso, de acordo com pesquisas feitas pela Associação de Consumidores, é de fácil percepção o fato de combos (sanduíches e bebidas) dos famosos fast-foods, serem verdadeiras bombas de gordura, sódio e açúcar, que contribuem para o aumento de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e hipertensão. Não obstante, a praticidade e agilidade proporcionada pelos mesmos, levam grande parte da população a ingerirem tais produtos, proporcionando malefícios a própria saúde.                                                                                                        É oportuno frisar também, o desdém de grande parte da população com os hábitos alimentares, percebíveis por intermédio de estudos feitos pela EAE Business School, na América do Sul, que apontam que ninguém, no continente, gasta mais com comidas industrializadas que os brasileiros, os mesmos estão em quarto lugar nesse ranking mundial (atrás somente dos Estados Unidos, Japão e China). Somado à isso, nota-se que a população, em geral, é relapsa e não tem noção exata dos riscos causados por uma má alimentação, por essas razões, uma em cada cinco mortes são relacionadas diretamente à comida.                                                                                                                                         Diante de tal situação,  compete ao governo, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), impor novas medidas, que contribuam para uma fiscalizacão mais consistente e rígida, impedindo o funcionamento de estabelecimentos que descumprirem tais condições, aplicando-lhes multas mais custosas e obrigando-os a proporcionarem aos clientes a qualidade necessária para a saúde da sociedade. E adequa-se à escola, fornecer um nutricionista para que as crianças cresçam com a mentalidade de vida saudável, incentivando os mesmos a terem uma alimentação balanceada e de qualidade.