Enviada em: 25/02/2018

O mal hábito alimentar é um problema contemporâneo muito presente no cotidiano da população brasileira. Isto deve ser enfrentado, uma vez que, crianças, jovens, adultos e idosos têm sua saúde prejudicada por essa questão. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se importantes: os prejuízos que tal comportamento trás à saúde e a alienação histórico-cultural dos brasileiros em relação aos europeus e norte americanos.    O comportamento alimentar de grande parte dos brasileiros é fortemente influenciado pelas mídias sociais, estas por sua vez são ferramentas de propaganda utilizadas por multinacionais alimentícias a exemplo da Coca-cola, do Burger King e do MC Donald's que divulgam seus produtos com o foco no status e no bem psicológico que tais alimentos trazem. Em contrapartida é evidente os prejuízos que estes alimentos provocam no corpo humano, haja vista que o alto teor de sódio, gorduras trans e açúcar, que são encontrados nestes produtos, aumentam o risco de adquirir doenças como obesidade, diabetes e pressão alta levando boa parte desses brasileiros a sofrerem com estas patologias.    Outrossim, ao longo do processo de formação do Estado brasileiro, do séc. XV ao XII, a influência europeia e norte americana permaneceu-se forte na questão alimentar. Esta realidade pode ser vista nas instituições de ensino públicas que ofertam aos alunos e professores alimentos com péssima qualidade nutricional como por exemplo refrigerantes, bolachas recheadas e outros produtos industrializados da mesma forma que as escolas de países desenvolvidos. Isto aumenta os casos de excesso de peso, tendo em vista os números divulgados pelo IBGE, onde houve um aumento de mais de 50%  entre 1989 a 2009 de jovens entre 10 a 19 anos.    De acordo com o político e ativista social Nelson Mandela, a educação é a maior arma que se pode usar para mudar o mundo. Dessa forma, é necessário que o Ministério da Educação junto com o Ministério da Saúde façam Parcerias Público-Privadas e elaborem campanhas voltadas para o ensino e orientação do público sobre os riscos da má alimentação, quais as opções saudáveis de substituição alimentar, incentivar a prática de atividade física, facilitar o acesso da população aos esportes divulgando-as tanto nas redes de ensino quanto nos grandes meios de comunicação; também pode-se criar um programa de ensino virtual gratuito, onde as qualidades dos produtos naturais nacionais sejam valorizados e a influência internacional dos hábitos alimentares seja controlada. Além disso, é preciso que o Ministério da Fazenda aumente os impostos dos produtos industrializados, desestimulando sua venda e consequentemente seu consumo.